A Copa de oportunidades

PARTICIPANTES FALAM sobre as experiências na disputa em homenagem a José Maria Melo, que já definiu dois semifinalistas

Maria da Cruz (de verde) fez dois a zero sobre o Cassimiro de Abreu
A 1ª Copa José Maria Melo de Futebol de Base Sub-12 está em sua fase decisiva. Os jogos eliminatórios das quartas-de-final começaram na última segunda-feira e dois semifinalistas já estão definidos. O time do projeto da cidade de Pedras de Maria da Cruz venceu o anfitrião Cassimiro de Abreu por 2 a 0 e garantiu a primeira vaga. Outro classificado é o Haras Pacuí, que derrotou o Projeto Diamante por 4 a 1. No primeiro tempo já vencia por 4 a 0.

OS RESULTADOS definiram, assim, a primeira semifinal. Curiosamente, na fase anterior, Haras Pacuí e Maria da Cruz estiveram na mesma chave e se enfrentaram na última rodada. Houve empate em 1 a 1.

A SEGUNDA rodada das semifinais acontece nesta sexta-feira, a partir das 18h30, com Água Boa FC x Escolinha e Futebol da Unimontes e Escolinha Gol de Ouro x Projeto Bom de Bola/Bom de Escola. Os vencedores fazem a outra semifinal.

DISTÂNCIA

Nynne participa da organização de um evento pela 1ª vez
ESTA COPA é a primeira competição na cidade exclusiva à categoria Sub-12 e os clubes consideram a oportunidade como especial, a começar pela motivação que os atletas têm de interagir com outros projetos e clubes. “Entramos na Copa com o pensamento de ganhar experiência, mas com a campanha que fizemos agora vamos brigar pelo título”, disse Wallinton Bonifácio, coordenador do Maria da Cruz FC, que eliminou nada menos que os donos da casa. O projeto atende cerca de 90 crianças e adolescentes – a maioria de carentes.

A CADA rodada, o time viaja 130 quilômetros até Montes Claros, mas sem lamentos. “O nosso projeto prega humildade, porque não trabalha apenas com o futebol. O aluno tem que ter consciência sobre a importância do estudo, saber cuidar da saúde, ter educação e disciplina. Acho que tudo isso ajudou para chegar até aqui (nas semifinais)”, completou Wallison.

FORMAÇÃO

Matheus joga improvisado no Pacuí
A COPA oferece oportunidade para crianças e técnicos, mas também para quem está fora de campo. Vanynne Oliveira é aluna do 2º período do curso de Educação Física da Unimontes e tem sua primeira experiência numa organização de evento. “Ao participar da Copa já estou vivenciando algo que mais tarde fará parte do currículo do meu curso”, analisa a jovem.

OUTRA OBSERVAÇÃO que a universitária faz está na disciplina. “Geralmente, as crianças são mais agitadas, mas nada que tire a gente do sério, até porque a gente precisa se acostumar porque também fará parte da profissão”.

AUTOR DE um dos quatro gols da classificação, Matheus joga futebol nas ruas como qualquer criança, mas há cinco anos cumpre a disciplina rotineira das escolinhas. No time da AABB/Cruzeiro, ele joga como atacante, mas na Copa, com o convite para vestir a camisa do Haras Pacuí, se ofereceu para jogar de volante. Segundo o garoto de 12 anos, saber jogar em mais de uma posição é virtude para crescer e quem sabe seguir a carreira de jogador de futebol. Garante que a adaptação não foi tão difícil, mas entende que precisa ser mais eficiente no combate. “Tenho dificuldade para marcar e acabo cometendo algumas faltas desnecessárias”. (Fotos: De Veneta)

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