Quando a conversa parece ter mais efeito que o treino

Técnico e diretoria usam motivação para que o dever de casa seja cumprido

O FUNORTE
não tem muito o que inventar em seu último fim de semana de compromisso pelo Campeonato Mineiro. Na vice-lanterna com cinco pontos, a dois da primeira posição fora da degola, o time tem que vencer o Democrata/GV por qualquer placar para que tenha reais condições de permanecer na 1ª Divisão. No entanto, a vitória dependeria de uma combinação com o empate ou derrota do Ipatinga diante do Tupi, no Vale do Aço. Os dois jogos acontecem neste domingo.


CIENTE DISSO tudo, o grupo tem que apelar às armas que tem em mãos para reunir forças e descartar o rebaixamento a qualquer custo. Assim, nos momentos finais antes do jogo derradeiro, a rotina de treinamentos foi substituída pelas conversas de grupo. Em um dos coletivos da semana no estádio José Maria Melo, comissão técnica e diretoria se reuniram com os jogadores em dois momentos distintos para trabalhar em cima da motivação.

A PRIMEIRA conversa foi reservada entre o técnico Luiz Eduardo (foto), seu auxiliar Maurélio Miranda, o preparador de goleiros Luiz Fernando Gatão e todos os jogadores, inclusive alguns do elenco júnior que foram chamados para completar o time reserva.

“O FUNORTE teve muitos contratempos dentro e fora de campo, além de muitos erros provocados por ele mesmo, mas o momento é de esquecer isso tudo e pensar até mesmo na própria carreira: que jogador que quer ter um rebaixamento em seu currículo?”, indaga o treinador.

“NÃO HÁ como não assimilar a importância de uma vitória neste momento por uma série de fatores, a começar pela classificação para a Elite do ano que vem. É a responsabilidade para uma cidade inteira”, completou Luiz, deixando escapar qual foi o seu apelo na prosa na lateral do campo, ao lado das arquibancadas.

POR SUA VEZ, nas figuras do superintendente Cristiano Dias Júnior (foto) e do gerente de futebol Jeibson Moura, a diretoria tratou de falar com o grupo no centro do campo, já ao final dos trabalhos. Os semblantes estavam todos fechados diante da seriedade do assunto. Embora ninguém tenha assumido, em alguma parte da conversa foi abordada a possibilidade de premiação aos atletas caso o time consiga os resultados necessários à sua manutenção na elite mineira em 2012.

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