Funorte: fase do "ver e rever"
CONFIANTE NA permanência na 1ª Divisão após tanto drama nas rodadas iniciais do Campeonato Mineiro e mesmo ainda dependendo dos resultados de mais dois compromissos, o Funorte parece reconhecer que precisa melhorar em todos os sentidos para que seja levado mais sério pela torcida, empresários, dirigentes, jogadores e a imprensa, tanto daqui como de fora. Esse tipo de ação, mesmo que a demanda propriamente dita seja no aspecto financeiro, passa também por uma consultoria.
REFERÊNCIA NO trabalho de base em Minas e com passagens pelo Oriente Médio, o técnico Alexandre Barroso esteve na cidade no último fim de semana para apresentar o embrião dessa proposta. Ele vem sendo o consultor para a reformulação do projeto tricolor, mas que passa obrigatoriamente pelo futebol de base e a formação dos profissionais do futebol.
EXPLICAÇÃO
OS GRUPOS educacionais têm acessos a recursos especiais dos governos estadual e federal para ações esportivas de cunho social. O Funorte pertence a um deles. E para ter direito ao pleito dessas verbas, a proposta passa obrigatoriamente a temas relacionados à formação de atletas, independente da modalidade. Resumindo: objetivo do clube é de criar dois centros de base, um em BH e outro em Montes Claros, além de uma escola de formação de técnicos, auxiliares, massagistas e outros profissionais da bola.
MAS NUMA ANÁLISE à parte à consultoria, adiantei uma sugestão ao comando do FEC. Tão logo termine o campeonato, e que tenhamos a boa notícia sobre a garantia da vaga na elite do ano que vem, que o clube faça uma carta aberta com a proposta de, até o final deste semestre, ter uma diretoria e um conselho constituídos a partir de nomes da própria comunidade. Portas precisam ser abertas e no cenário atual o clube precisa mais do que nunca de se expandir dessa maneira.
SOBRE A DICA, O mandatário tricolor não disse sim, nem não, mas deixou a entender que vai pensar no assunto. Pediu até sugestão de nomes para esse novo modelo de comando. Isso com certeza não faltará.
OLHOS
A CAMPANHA em sua segunda participação na Copa São Paulo foi ruim, com a eliminação precoce na primeira fase após três derrotas, mas o Funorte conseguiu sim mostrar seu cartão de visitas na principal disputa júnior do País. Vários jogadores foram elogiados por outros clubes e desde então são acompanhados por empresários, mesmo de longe. A lista tem Felipe, Fayllon, Roger, Lenílton e Gabriel (foto ao lado).
NO CASO DESSE último, único desse time júnior incorporado ao elenco profissional (autor do gol de empate diante do Ipatinga), Gabriel foi procurado no início de março por um empresário ligado ao Bahia e por duas semanas a conversa se arrastou, mas sem a participação do FEC. Coincidência ou não, não foi mais relacionado para os jogos. Há dez dias, orientado por essa mesma pessoa, foi parar em Salvador para testes no “Baêa”. O FEC reagiu: comprovou o contrato em vigência e o aditivo para renová-lo automaticamente. Sem interesse em confusões, o Bahia passou por cima do tal empresário e o mandou de volta a Montes Claros.
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