"Adversário deu o valor à nossa vitória", concordam Pacheco e Bruninho

PROTAGONISTAS NA vitória do Cimed, o técnico Marcos Pacheco, que teve como uma das estratégias pedir tempo a cada reação do Montes Claros, e o levantador Bruninho, com passes precisos de todas as maneiras, valorizaram a vitória catarinense a partir da força do adversário.

“A VITÓRIA sobre um adversário como o Montes Claros sempre acontece nos detalhes”, disse o treinador. Já o capitão considerou o rendimento do time como conseqüência do que é trabalhado nos treinos, em especial, as inversões de posições para a melhoria do passe. "Foi uma vitória sensacional".

O jogo foi definido nos detalhes?
PACHECO – “Aconteceu o que se pode esperar de duas grandes equipes, embora não tenham um histórico de muitos confrontos diretos. Não é à toa que fizeram a final da Superliga passada. Esse não é um jogo qualquer e por isso foi decidido nos detalhes. Um jogador como o Alemão foi para o saque em uma situação muito difícil para o time dele e recolocou o Montes Claros no jogo em várias oportunidades. Assim como o nosso time em uma situação de bloqueio conseguiu se manter à frente no momento decisivo do quarto set. São coisas assim que fazem a diferença em um jogo muito duro como o de hoje (sábado)”.

O Cimed teve um aproveitamento muito bom nos saques...
PACHECO – “Acredito que seja fruto da seqüência do trabalho. Treinamos muito para isso acontecer. O Montes Claros é uma bela equipe, a começar por sua linha de passe consistente. Um erro ou outro faz parte do jogo. Mas treinamos muito para este jogo específico e sacamos de forma estratégica, em situações pré-determinadas, o que pode ter feito a diferença no jogo”.

Uma tarde feliz em praticamente todos os fundamentos...
BRUNINHO – “A gente manteve o equilíbrio durante toda a partida. Lamento pelo segundo set, porque pecamos na definição dos contra-ataques e o Montes Claros teve competência. Mas no restante da partida a gente manteve uma qualidade muito boa em quase todos os fundamentos para conseguir uma vitória importante, diria sensacional em se tratando deste ginásio”.

Impressionou foi a qualidade de passe do seu time, em especial nos contra-ataques. Há inversão de funções nos treinos para que, em uma situação de jogo, o time tenha esta virtude?
BRUNINHO – “O nosso time faz muito isso; os treinos técnicos são sempre assim. Na maioria das vezes, o nosso time não trabalhava muito com o bloqueio. Umas de nossas características mais comuns é gerar o contra-ataque. Para isso é determinante ter uma defesa forte. E neste tipo de situação, às vezes não sou eu quem vai levantar a bola; pode ser o líbero ou o central. Essa qualidade comum é determinante para que os atacantes possam matar os contra-ataques, principalmente em um jogo contra a equipe com um dos ataques mais fortes da Superliga”.

De ídolo na seleção às vaias no caldeirão de Montes Claros. Isso faz parte?
BRUNINHO – “Faz parte, claro! Aqui a torcida veio para apoiar o Montes Claros. E por isso é normal que eu seja xingado. Não é a primeira vez que isso acontece, nem aqui, nem em outros ginásios do Brasil. O importante é ter a cabeça tranqüila e fazer a minha parte. Uma pena que eles não foram tão felizes nessa torcida, mas é muito bacana ver a festa que os torcedores fazem. Isso é muito importante para o esporte brasileiro, principalmente para o vôlei que cresce cada dia mais”.

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