Vôlei: MOC tem vaga confirmada na Superliga, mas só disputará com suporte financeiro

ORÇAMENTO PARA a próxima temporada é próximo de R$ 2,5 milhões; processo de registro do MCTC em fase final

A CIDADE de Montes Claros recebeu a confirmação da Confederação Brasileira de Vôlei de que a vaga na próxima edição da Superliga Nacional de Vôlei está garantida. A notícia veio nessa quinta-feira, após a reunião de dirigentes da CBV com os representantes da recém-criada Associação de Clubes. No encontro, foi confirmado o número de 13 participantes para a principal competição do País entre 2014/2015.


PERMANECEM OS 12 participantes da edição anterior mais o São José dos Campos, campeão da Liga B. No entanto, para usufruir da vaga, cada equipe terá de apresentar seu planejamento de receita. Ao invés da parceria com o Monte Cristo, daqui em diante, caso o time da cidade vá para a quadra, defenderá as cores do Montes Claros Tênis Clube (Praça de Esportes), autarquia vinculada ao município, cuja regularização fazendária está em fase final.

APRESENTAR A receita foi consenso entre ACV e CBV para evitar casos como o do próprio Montes Claros, que teve sérios problemas financeiros e sofreu com a perda de atletas durante a disputa passada por causa disso. Taubaté, Rio de Janeiro e Volta Redonda foram outros clubes que tiveram restrições de caixa.

PARA SE ter uma ideia do que aconteceu, uma das últimas dívidas com fornecedores do time montes-clarense foi paga há somente quatro dias, mas há ainda débitos em aberto com profissionais que compuseram a comissão técnica.

PREVISÕES

O SECRETÁRIO adjunto de esportes e lazer da cidade, Andrey Souza, é o presidente do conselho fiscal da ACV e esteve na reunião no Rio de Janeiro que definiu os clubes para a próxima temporada. Ele adiantou que para o Montes Claros definitivamente entrar em quadra vai precisar de um orçamento a partir de R$ 2,5 milhões para toda a temporada (10 meses).

“O FATO de fazermos parte da Associação foi determinante para esta inclusão do Montes Claros, mas isso é apenas o primeiro passo. Há um orçamento para ser atingido e sem que isso aconteça dificilmente assumiríamos o risco de colocar o time em quadra”, afirmou. Ainda de acordo com o secretário, a “CBV reconheceu que o regulamento do ano passado era confuso” e não estabelecia critérios para o rebaixamento, “por isso manteve todos os 12 clubes”.

SEGUNDO ELE, o próximo passo será organizar um encontro com empresários e imprensa para apresentar o projeto do novo time de vôlei, as mudanças já efetuadas e como o time pode ser patrocinado. O ex-jogador e técnico Giovanni Gávio, multicampeão com a Seleção Brasileira, aparece como peça-chave neste processo, já que ele será o consultor do projeto do time local.

“SÓ TEREMOS condições de ter o time na Superliga A se captarmos entre 700 e 800 mil em recursos ou serviços”, resumiu Andrey, ao pontuar que um dos apoios financeiros já estaria encaminhado. Caso contrário, completou, “o projeto vai caminhar de acordo com a realidade de caixa” e por isso não está descartada a possibilidade de disputar a Superliga B.

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