Adversários do MCEC na última rodada, jovens encontram oportunidades no Bétis, mesmo sem salários
CLUBE DE Ouro Branco tem a maior parte dos atletas ainda em idade juvenil; no profissionalismo, 1ª vitória só veio após dois anos
UM ELENCO formado por jovens atletas que se dispõem a jogar sem receber salários, com o sonho de despertar a atenção em um lance ou mesmo num DVD editado, fazer currículo, ganhar projeção e “vingar” no futebol. Esta é uma peculiaridade do Bétis FC, que está entre os caçulas do futebol mineiro e disputa o atual Campeonato da Segunda Divisão.
O TIME foi adversário do Montes Claros Esporte Clube na rodada do último sábado (18 de agosto), quando foi derrotado por dois a zero no Estádio José Maria Melo. Para se ter uma ideia da realidade do Bétis, a formação que o técnico Sílvio Mariano colocou em campo tinha nada menos que cinco jogadores que estavam no Campeonato Mineiro Sub-17, a começar pelo goleiro Adryen, de apenas 16 anos. No intervalo e ao final do jogo, alguns atletas pareciam estar na primeira entrevista da carreira, tanto que alguns companheiros de clube pararam ao lado para prestar atenção e depois cumprimentá-los.
NA VINDA da equipe alviverde ao Norte de Minas, a VENETA conversou com um dirigente e um atleta sobre o perfil do clube, que tem sede na histórica cidade de Ouro Branco, mas por veto do Estádio José Mapa Filho, manda os seus jogos na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, distante 162 quilômetros. Um custo a mais com o aluguel (R$ 2,6 mil) para quem já conta cada real.
FALA DIRETOR
MAX SILVA é diretor do Bétis, mas se apresentou como um “faz de tudo”. Há dois anos foi convidado pelo presidente Raul Moreno para trabalhar no clube, especialmente como captador de talentos. “Tem muito jogador precisando de uma oportunidade, mas nem todos os clubes abrem as portas”, disse, ao destacar que o Bétis tem atletas de várias partes do Brasil.
SEGUNDO ELE, o time surgiu como Estrada Real FC, mas mudou de nome depois de problemas com o antigo dono. Moreno, o atual proprietário, foi jogador profissional no Caxias/RS e na Ponte Preta. A origem do novo nome, modificado há dois anos, é proposital por causa da parceria com o Bétis original, da Espanha. De acordo com Max, sempre que possível jogadores daqui seguem para a Europa para testes no xará espanhol.
TITULAR DIANTE do Montes Claros, o defensor e meia Marcos Villas foi o mais experiente do Bétis em campo, mesmo com apenas 22 anos. Ele confirma que realmente não há salários no clube, mas não falta qualquer condição de trabalho. “Ainda acredito que posso seguir a carreira no futebol e como já sou de Ouro Branco prefiro jogar sem salário ao invés de ficar parado. Esta é a oportunidade que eu tenho de mostrar o meu jogo”, explicou Marcos, que teve a base em clubes do Espírito Santo, como o Real Noroeste.
O MEIA confirmou que os atletas têm todo o suporte de alimentação, hospedagem, transporte, material esportivo e academia. Indagado sobre o fato de não ter um real sequer de salário, ele lamenta não ter a mesma estrutura de outros times da própria Segundona Mineira como o próprio Montes Claros, mas acredita que um material bem editado de seus lances no Campeonato pode levá-lo a algo mais fixo e promissor.
HISTÓRICO
APÓS A entrada no profissionalismo, o Bétis só foi conquistar a primeira vitória após dois anos, na segunda rodada desta Segundona, diante do lanterna Passos FC, por 3 a 1, de virada. Marcos fez um dos gols. No ano passado, o time disputou a Segundona e foi o lanterna isolado com apenas dois empates em 16 partidas. Perdeu todas as demais. Marcos foi um dos artilheiros do time na disputa, com dois gols.
MAX SILVA revelou ainda à VENETA que alguns patrocinadores ajudam a manter as despesas com as taxas da FMF e os custos com as viagens, mas o clube ainda espera por um apoio maior em Ouro Branco. “Não sei qual é a mágica que o presidente faz. É o time que a cidade tem e que dá oportunidade aos garotos e garotas de lá; precisa ser reconhecido por isso”, finalizou, lembrando que o Bétis disputa, também, os estaduais Sub-14, Sub-15, Sub-17, Sub-20 e Feminino Adulto.
Bétis FC
Cidade: Ouro Branco
Histórico 2ª Divisão MG - 2017/2018
20 jogos
1 vitória
2 empates
17 derrotas
Gols a favor: 16
Gols sofridos: 60
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| O Bétis tem a menor média de idade da Segundona; Marcos, ao fundo, foi o mais velho do time em campo, (VENETA) |
O TIME foi adversário do Montes Claros Esporte Clube na rodada do último sábado (18 de agosto), quando foi derrotado por dois a zero no Estádio José Maria Melo. Para se ter uma ideia da realidade do Bétis, a formação que o técnico Sílvio Mariano colocou em campo tinha nada menos que cinco jogadores que estavam no Campeonato Mineiro Sub-17, a começar pelo goleiro Adryen, de apenas 16 anos. No intervalo e ao final do jogo, alguns atletas pareciam estar na primeira entrevista da carreira, tanto que alguns companheiros de clube pararam ao lado para prestar atenção e depois cumprimentá-los.
NA VINDA da equipe alviverde ao Norte de Minas, a VENETA conversou com um dirigente e um atleta sobre o perfil do clube, que tem sede na histórica cidade de Ouro Branco, mas por veto do Estádio José Mapa Filho, manda os seus jogos na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, distante 162 quilômetros. Um custo a mais com o aluguel (R$ 2,6 mil) para quem já conta cada real.
FALA DIRETOR
MAX SILVA é diretor do Bétis, mas se apresentou como um “faz de tudo”. Há dois anos foi convidado pelo presidente Raul Moreno para trabalhar no clube, especialmente como captador de talentos. “Tem muito jogador precisando de uma oportunidade, mas nem todos os clubes abrem as portas”, disse, ao destacar que o Bétis tem atletas de várias partes do Brasil.
SEGUNDO ELE, o time surgiu como Estrada Real FC, mas mudou de nome depois de problemas com o antigo dono. Moreno, o atual proprietário, foi jogador profissional no Caxias/RS e na Ponte Preta. A origem do novo nome, modificado há dois anos, é proposital por causa da parceria com o Bétis original, da Espanha. De acordo com Max, sempre que possível jogadores daqui seguem para a Europa para testes no xará espanhol.
TITULAR DIANTE do Montes Claros, o defensor e meia Marcos Villas foi o mais experiente do Bétis em campo, mesmo com apenas 22 anos. Ele confirma que realmente não há salários no clube, mas não falta qualquer condição de trabalho. “Ainda acredito que posso seguir a carreira no futebol e como já sou de Ouro Branco prefiro jogar sem salário ao invés de ficar parado. Esta é a oportunidade que eu tenho de mostrar o meu jogo”, explicou Marcos, que teve a base em clubes do Espírito Santo, como o Real Noroeste.
O MEIA confirmou que os atletas têm todo o suporte de alimentação, hospedagem, transporte, material esportivo e academia. Indagado sobre o fato de não ter um real sequer de salário, ele lamenta não ter a mesma estrutura de outros times da própria Segundona Mineira como o próprio Montes Claros, mas acredita que um material bem editado de seus lances no Campeonato pode levá-lo a algo mais fixo e promissor.
HISTÓRICO
APÓS A entrada no profissionalismo, o Bétis só foi conquistar a primeira vitória após dois anos, na segunda rodada desta Segundona, diante do lanterna Passos FC, por 3 a 1, de virada. Marcos fez um dos gols. No ano passado, o time disputou a Segundona e foi o lanterna isolado com apenas dois empates em 16 partidas. Perdeu todas as demais. Marcos foi um dos artilheiros do time na disputa, com dois gols.
MAX SILVA revelou ainda à VENETA que alguns patrocinadores ajudam a manter as despesas com as taxas da FMF e os custos com as viagens, mas o clube ainda espera por um apoio maior em Ouro Branco. “Não sei qual é a mágica que o presidente faz. É o time que a cidade tem e que dá oportunidade aos garotos e garotas de lá; precisa ser reconhecido por isso”, finalizou, lembrando que o Bétis disputa, também, os estaduais Sub-14, Sub-15, Sub-17, Sub-20 e Feminino Adulto.
Bétis FC
Cidade: Ouro Branco
Histórico 2ª Divisão MG - 2017/2018
20 jogos
1 vitória
2 empates
17 derrotas
Gols a favor: 16
Gols sofridos: 60
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