Skate de MOC faz história no Rio

CIDADE TERÁ dois competidores na primeira equipe de Minas Gerais a disputar um Brasileiro Street Amador

Léo França compete no Rio
O FIM de semana será histórico para o skate de Montes Claros, com a participação inédita de dois atletas locais numa competição nacional. Como representantes de Minas Gerais, Leonardo França e Camila Rocha disputam neste sábado (28), o Campeonato Brasileiro Street Amador no Rio de Janeiro/RJ. O critério para estar na capital carioca é técnico. A Confederação Brasileira de Skate (CBSK) convocou os melhores colocados das disputas dos circuitos estaduais de Amazonas, Bahia, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Santa Catarina, Paraíba, Paraná, São Paulo, Rio e Minas.

CAMILA FOI a vice-campeã na categoria Amador Feminino no Campeonato Mineiro Adulto do ano passado, enquanto Léo França foi o quarto colocado na categoria Amador I. A CBSK garante vaga aos três melhores de cada estado e Léo foi beneficiado pelo fato de o vice-campeão mineiro ter se profissionalizado. “Como a competição é amadora, ele teve que abrir mão da vaga e eu fui automaticamente convidado”, disse o skatista.

A CIDADE teria pelo menos mais dois nomes na disputa, mas como nem todos os estados possuem a categoria Amador II, a Confederação resolveu considerar apenas uma para efeito de convocação. Com isto, Roberto Caldeira e Pedro Wanderley, vice-campeão e terceiro colocados do Mineiro Amador II, ficaram de fora do Brasileiro.

MISTO

A IDA para o Rio de Janeiro é um misto de emoção – pelo fato de estarem entre os primeiros skatistas mineiros a disputar um Brasileiro Amador – com sacrifícios. Felizmente, como cortesia da CBSK, os dois têm a garantia de isenção da taxa de inscrição e do alojamento no Rio, mas o custo da viagem e alimentação é por conta de cada um.

Vice-campeã estadual, Camila será uma das três mineiras no RJ
LÉO VAI para o Rio no próprio carro, mas para custear as despesas com combustível e manutenção vai ter que meter a mão no bolso. O salário do mês já entrou nas contas e parte do suporte virá do único patrocinador neste momento: Auto-Escola Trajeto. De MOC até BH, a despesa será rateada com amigos e da capital mineira até o Rio, a viagem será dividida com mais dois skatistas de lá que também disputarão o Brasileiro.

“O SACRIFÍCIO vale a pena. Nem sei como as coisas ficarão quando eu voltar, mas não poderia abrir não de disputar um Brasileiro”, completou Léo, que é aluno do curso de Engenharia Civil das FIP-MOC.

SOBRE O treinamento, mais uma restrição. A pista local que fica na Praça do Bairro Todos os Santos está comprometida por buracos e foi parcialmente destruída à espera de manutenção do piso. O jeito foi treinar no improviso em quadras de futsal, galpões abandonados ou mesmo em calçadas. Léo confessa que foi parar até mesmo em BH, de carona, para treinar numas das pistas de lá.

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