MCEC esbarra nos próprios erros e quase tropeça no frágil Passos

GOL DA vitória só saiu aos 42', com Renato Silva, que não foi o único herói da tarde; Rangel defendeu um pênalti

O Montes Claros de Eraldo e Rafinha teve dificuldade com o limitado time do Passos (FOTO: Assessoria MCEC)
PELA PRIMEIRA vez, o Montes Claros Esporte Clube alcançou a parte de cima da classificação do Campeonato Mineiro da Segunda Divisão, que dá vaga aos quatro primeiro nas semifinais. No sábado, de novo diante da torcida no Estádio José Maria Melo, o time teve muito trabalho mesmo diante de um adversário limitado, mas conseguiu vencer o Passos FC por 2 a 1 e chegou ao quarto lugar.

SÃO 12 pontos, atrás somente do Valério (16), Coimbra (15) e Araxá (12), todos com um jogo a menos que o Novo Bicho. No fim de semana que vem, o MCEC folgará na tabela e só volta a campo no dia 19/9, diante da Sociedade Esportiva Patrocinense. Dependendo da combinação de resultado, pode cair até três posições.

A EXPECTATIVA era de uma vitória mais tranquila diante do Passos, que chegou a Montes Claros com apenas três horas antes do jogo, depois de viajar 800 quilômetros. A delegação veio “enxuta”, com apenas 13 jogadores e dois dos dirigentes passaram mal no meio do caminho e nem sequer acompanharam a partida no Norte de Minas.

NÃO BASTASSEM os diversos atropelos, o adversário entrou em campo com um histórico bem irregular na Segundona. Havia perdido cinco dos sete jogos, com a segunda pior defesa entre os 13 clubes – média de quase três gols sofridos por jogo.

GOL

MAS O que parecia fácil ficou complicado. O Montes Claros teve dificuldade nas finalizações, a maioria longe da trave defendida pelo goleiro William. Por isso, aos 38’, o gol de Jônatas Obina, o primeiro com a camisa Tricolor, foi um alívio. Ele recebeu um passe de Carlos Eduardo pelo lado esquerdo da área e chutou de primeira na saída do goleiro.

COM O saldo negativo, o plano do MCEC era de ampliar a vantagem na etapa final, mas as dificuldades em acertar o gol do Passos continuaram. E a coisa piorou. O clube do Sul de Minas teve dois pênaltis seguidos a favor, ambos duvidosos. No primeiro deles, aos 18’, Gustavo Rangel foi decisivo e defendeu o chute rasteiro de Felipe Caroço. No segundo, logo aos 30’, embora o cobrador tenha mandado no mesmo canto, o goleiro do Bicho não conseguiu repetir o feito e Lucas Potinho empatou o placar.

Renato Silva, o camisa 10 tricolor, foi decisivo na falta a três minutos do fim (DE VENETA)
O EMPATE aumentou a pressão e a salvação veio já aos 42’, de novo num lance de bola parada, como foi contra o Araxá. Um dos mais efetivos nos treinamentos de cobrança de falta, o meia Renato Silva mandou a bola no ângulo esquerdo de William, sem chance de defesa. O jogador comemorou no alambrado junto à torcida e foi às lágrimas.

NA COLETIVA, o técnico Milagres lamentou o rendimento abaixo da crítica, reconhecendo as dificuldades na articulação e transição de bola, além da necessidade de melhorar a qualidade da finalização. Por outro lado, enalteceu o fato de o time manter os 100% de aproveitamento em casa, que o coloca definitivamente na briga para terminar a primeira fase entre os quatro primeiros colocados.

MONTES CLAROS – Gustavo Rangel; Evaldo, Marcos Eduardo e Pedro Henrique; Victor Rafael (André Rocha), Rafinha, Léo Mota, Renato Silva e Pereira; Carlos Eduardo (Caio depois Robinho) e Jônatas Obina. PASSOS – William; Leandrinho, Marco Túlio (Levi), Igor e Túlio; Jhonatas, Dudu, Lucas Potinho, Felipe Caroço; Brendon e Wallasy (Robinho).

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