Funorte adianta projeto da 1ª

CLUBE JÁ já mira reforma do campo como prioridade número um para fazer parte da Elite e vai trabalhar paralelamente no marketing

COM A DECISÃO do Pleno do STJD/CBF, que lhe garantiu o direito de disputar a Elite do Campeonato Mineiro do ano que vem, o Funorte já se enxerga como "clube de 1ª Divisão". A diretoria promoveu uma coletiva nesta manhã, na sede administrativa da Soebras, no centro da cidade, e dentre vários assuntos, garantiu que a prioridade do momento é viabilizar uma reforma do estádio José Maria Melo de forma que não haja qualquer contratempo para mandar os seus jogos contra os clubes mais tradicionais, em especial Atlético e Cruzeiro.

CONFORME O organograma que o próprio Formigão já realizou, o custo de todas as obras gira em torno de R$ 800 mil, incluindo "plásticas no gramado e no sistema de iluminação", os chamados pontos críticos até mesmo dos atletas do próprio Funorte. O atual laudo de vistoria vale até novembro de 2010 e para a Primeira Divisão o rigor será maior nos critérios de segurança.

HAVERIA, INCLUSIVE, um pré-acordo com o Cassimiro de Abreu, dono do estádio para a realização dessas obras até janeiro próximo, quando terá início a principal competição do futebol mineiro. "Temos que trabalhar desde já e já conversamos com o Bonga [João Bispo, presidente do Cassimiro] neste sentido", disse o diretor executivo-financeiro do Funorte, Cristiano Dias Júnior. O Funorte idealiza uma reforma quase que completa, a começar pelo gramado, que será totalmente substituído.

SEGURANÇA

OS ALAMBRADOS TAMBÉM seriam totalmente trocados, com custo estimado de R$ 18 mil. Os vestiários para os atletas e arbitragem passariam por reforma completa, assim como os banheiros para o clube. Nestes dois casos, os espaços seriam ampliados.

SOBRE O SETOR DE arquibancadas, a ideia é construir mais dois bares e cobrir, com grandes tendas, a parte reservada aos torcedores desde portão de entrada da rua Santa Mônica até a linha divisória do meio de campo. A sugestão veio do América de Teófilo Otoni, que aplicou esta medida em seus jogos no estádio Nassri Mattar e foi bem sucedido.

INDAGADO PELA Veneta se o abandonado estádio João Rebello, do Ateneu, seria um "plano B" para este projeto da 1ª Divisão, diante de algum contratempo no estádio José Maria Melo, tendo em vista que se trata da principal fonte de receita do Cassimiro de Abreu em aluguéis e da necessidade do próprio Funorte para a disputa da Taça Minas Gerais, que está em andamento, o supervisor do FEC, Jeibson Moura, descartou a possibilidade, entendendo que "o campo do Broca exigiria um prazo maior para todas as adequações e, quando à vistoria, começaria do zero".

"VAMOS CONCENTRAR nossas atenções nesta primeira opção, até porque a parceria já está em andamento e o Cassimiro tem esta boa vontade com o Funorte", explicou Jeibson.

DINHEIRO

LIGADO AO GRUPO
Soebras, o Funorte sempre foi um clube que se manteve pelos próprios recursos, mas ciente de que na 1ª Divisão "o buraco é mais embaixo", o trabalho do momento passa pela criação de um departamento de marketing, com a contratação de um profissional que vá trabalhar a marca do clube junto a potenciais patrocinadores, de preferência da cidade. Como a Elite Mineira é a vitrine propriamente dita, a certeza do clube é de que conseguirá fazer receita a partir da negociação de cotas para seus uniformes.

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