Os cartuns de Massoud, direto do Irã: "Ronaldinho não vai, mas torço pelo Brasil"

AO LADO DO montes-clarense Márcio Leite (D), colaborador do Jornal de Notícias e nosso contemporâneo de geração no jornalismo, o cartunista Massoud Shojai (E) é um dos anfitriões da Mostra "Do Irã", que está acontecendo desde a última quinta-feira, no Centro Cultural, e vai até o dia 9 de junho. Trouxe do seu país, um das grandes referências do Oriente Médio, exatos 35 trabalhos produzidos por lá nos mais variados estilos, com alusões mais afinadas à política mundial e à guerra.
AINDA CONSERVADOR
A FALTA DE temas femininos – e feministas –, sátiras à cultura persa e, ainda, à sexualidade, tem explicação. "O Irã ainda é um país conservador", resumiu Leite, que convidou Shojai para conhecer a cidade através da Mostra - na verdade retribuindo um convite, já que ele esteve visitando o Irã no ano passado.
"OBRIGADO" E "TRANQUILO"
ESSA É A segunda vez que Massoud vem ao Brasil. No ano passado, esteve no Salão Internacional do Humor, em Piracicaba, inter

DEBOCHADO E TÍMIDO
EMBORA TENHA O dom da irreverência através da arte, o artista mostrou timidez na presença do público. Deixando de lado um pouco a temática da exposição, Massoud falou sobre o futebol e disse qual será a sua opção para o título da Copa do Mundo da África do Sul, que começa daqui a 12 dias. Como o Irã está fora da disputa, eis que o Brasil ganha mais um torcedor. "Não é porque estou aqui, mas sou torcedor do Brasil na Copa do Mundo". Segundo ele, o povo iraniano "é fascinado pelo futebol brasileiro".
"CADÊ O RONALDINHO?"
E QUANDO comenta sobre sua preferência quanto ao melhor jogador do mundo até parece fazer coro à torcida brasileira nas críticas ao técnico Dunga. "Ronaldinho Gaúcho é o melhor jogador de futebol da atualidade e ele deveria estar na Copa, mas mesmo assim vou torcer para o Brasil, que tem um futebol fantástico".

MULHER TAMBÉM VAI
INDAGADO SOBRE sobre a cultura iraniana de como as mulheres fazem com o futebol, afirmou que elas também fazem parte do cotidiano da bola em Teerã, capital do país e em outras cidades. "As mulheres podem ir sim aos estádios de futebol, mas ficam em arquibancadas à parte, somente para elas. Isso é parte da nossa cultura e respeitamos isso". (fotos: Márcia "Yellow" Vieira)
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