Montes Claros Vôlei versão feminina?

DIANTE DE um orçamento bem mais enxuto em relação ao time masculino, segue a ideia para a montagem de equipe de mulheres para a Superliga B


A INTERRUPÇÃO do projeto masculino por uma temporada, com a cessão da licença da Superliga Nacional para o Corinthians/Guarulhos, não pôs fim aos planos do Montes Claros Vôlei de voltar às quadras ainda neste ano. A direção do clube, que também gere o futebol do Montes Claros Esporte, admite que tem pretensões de formar uma equipe feminina para a disputa das divisões de acesso em nível nacional, além do Campeonato Mineiro.

MAS COMO abrir mão de um time que estava na elite nacional para, no outro naipe, brigar apenas pelo acesso? A explicação passa pelo orçamento. Gestor do Montes Claros Vôlei, Andrey Souza revelou à VENETA que teve dificuldades na última Superliga Masculina para manter as contas em dia, já que o clube dependia principalmente de repasses a partir da Lei de Incentivo.

A IDEIA é fazer um orçamento mais enxuto (extraoficialmente, 60% menor), mas que, ao mesmo tempo, possa manter a sequência de atividades do MCV sem interrupções e, ainda, com um novo atrativo, já que a cidade nunca teve uma equipe feminina nos campeonatos brasileiros. Outro ponto: serviria como espelho para os núcleos de escolinha, com adolescentes até 14 anos de regiões carentes da cidade.

SÓ DUAS DIVISÕES

O MERCADO do vôlei para as mulheres é mais reduzido em relação aos homens. Há menos equipes e só duas divisões, enquanto no masculino são três divisões. Esse cenário ajudaria da seguinte forma: há muitas atletas para poucos clubes, especialmente as mais jovens, que buscam oportunidade, ainda estão disponíveis. Se levado adiante, o novo time disputaria o Mineiro Adulto, a partir de setembro, e a Superliga B, de janeiro em diante.

OUTRO CENÁRIO estaria na possibilidade de empréstimo de jovens atletas em parcerias com o Minas Tênis, que mantém um projeto permanente na base, e com o Praia Clube de Uberlândia, atual campeão brasileiro da Superliga Feminina.

COM O orçamento mais enxuto e a aposta em patrocínios logísticos, em troca de produtos e serviços, como funcionou com o time masculino, o MCV para mulheres dependeria de uma parceria com o município. A proposta, conforme Andrey, além da cessão de Ginásio, a prefeitura viria como um dos patrocinadores master, abrindo chance, também, para a entrada de atletas locais e regionais que disputam competições regionais e ainda buscam experiência em quadra para chegar ao cenário nacional.

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