Futebol de Montes Claros perde o folclórico Domingão

FIGURA CARIMBADA no Estádio José Maria Melo, ele foi por 40 anos o cuidador do gramado e da "melhor marcação de campo" do interior de Minas


Domingão, símbolo do Cassimiro de Abreu
FALECEU NESTA quinta-feira, o folclórico Domingão, que por exatos 40 anos foi o cuidador do gramado do Estádio José Maria Melo. Ele não resistiu às complicações de um quadro de pneumonia. O velório acontece no serviço funerário Santa Clara, na Vila Ipê. Ele não tinha filhos, mas deixa inúmeros amigos conquistados à beira do campo nestas décadas de aplicação a uma das funções determinantes no futebol e que para muitos passa despercebida.

GENIOSO E crítico por natureza, seja qual fosse o time que assistia jogar, Domingão era assumidamente o “faz-de-tudo” no campo do Cassimiro de Abreu. Além dos cuidados com a poda e irrigação do gramado, falava com orgulho da habilidade que tinha para fazer a marcação de campo de jogo “mais perfeita” do interior de Minas. 

“SÓ EU que sei fazer essa meia lua aqui no Cassimiro”, provocava. Na última experiência da cidade na 1ª Divisão Estadual, em 2011, foi personagem em algumas reportagens na rede estadual.

TORNEIO DOMINGÃO

NO JMM, uma vez por ano, Domingão dava nome ao torneio de peladeiros, em comemoração ao próprio aniversário. A disputa aconteceu por mais de duas décadas e, mesmo em meio à doença, já programava a próxima edição do torneio. Há seis anos, recebeu o Troféu Bola Cheia – Marcelino Paz do Nascimento aos melhores do esporte de Montes Claros como “resgate histórico” aos benfeitores do futebol local.

MESMO COM o trabalho ligado ao Cassimiro, mostrava-se simpático aos demais times da cidade em competições estaduais. Domingão era figurinha carimbada nas arquibancadas do estádio.

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