Talento que vai para Portugal

KAMILLA SOARES vai defender o Torres Novas, clube referência da WNBA na busca por jovens talentos do basquete

UM ANO de competições foi suficiente não apenas para a pivô montes-clarense Kamilla Soares chegar à seleção brasileira sub-15 de basquete feminino. A atleta de 1,96 metro e faz a função de pivô, graças ao rendimento na última temporada, está de mudança acertada para o distrito de Santarém, onde está o município de Torres Novas, com quase 40 mil habitantes, a 100 quilômetros de Lisboa. Em terras portuguesas, aos 14 anos, ela vai defender a partir deste ano o Clube Desportivo Torres Novas, uma das referências no basquete de base daquele país.

ATÉ ACERTAR a ida para o Velho Continente, Kamilla e seus familiares receberam pelo menos meia dúzia de propostas para jogar por equipes de São Paulo, Paraná, Minas e de Pernambuco. A escolha pela Europa, ainda que esteja em idade de base, tem uma série de aspectos a começar pela oportunidade de disputar competições internacionais.

ALÉM DISSO, o Clube Torres Novas tem um histórico de revelar talentos para a WNBA, a liga feminina de basquete dos Estados Unidos, considerada a melhor do mundo. Kamilla, que começou a jogar basquete por influência da irmã Jéssica, que por três anos foi a principal atleta da equipe de base de Montes Claros em títulos mineiros, tomou gosto pelo esporte ao ponto de vê-lo como profissão. “Meu sonho é chegar à WNBA”, revelou.

INGLÊS

Kamilla (D) esteve na Seleção Sub-15 em 2014
EM PORTUGAL, a atleta não terá novas oportunidades apenas pelo lado esportivo. O acerto com o clube lhe garante suporte de moradia e de estudos, com aulas diárias de inglês justamente para preparar as atletas para a possibilidade de intercâmbios e experiências nos Estados Unidos.

POR CAUSA dos estudos em Montes Claros, Kamilla permanecerá no Brasil até concluir a oitava série. A viagem para Portugal acontecerá ao final de novembro, em companhia da mãe e da irmã Jéssica, que permanecerão na Europa por algumas semanas para a melhor adaptação da atleta. No Torres Novas, Kamilla terá a companhia de outras seis atletas brasileiras.

“PODE PARECER estranho, até porque Portugal não é referência no basquete adulto de alto rendimento, mas o país tem um dos trabalhos de base mais respeitados. O Torres Novas, por exemplo, disputa todas as competições de base da Europa. A possibilidade de crescimento pessoal e como atleta foi determinante para a sua escolha. Em outros clubes brasileiros, a oportunidade talvez seria apenas em quadra”, esclareceu Rogério.

A JOVEM pratica o basquete de competição há pouco mais de um ano e já fez parte do time de Montes Claros que disputou o Campeonato Mineiro Sub-17 e os Jogos de Minas (JIMI), com dois títulos (microrregional e regional) e o vice-campeonato na fase geral.

Nenhum comentário