Botafogo de Lorena, que quase veio para Montes Claros, sobe para a Superliga A

AOS 40 anos, oposto foi peça essencial na campanha quase invicta; detalhes em documentação adiaram a possibilidade do Fogo ter jogado na cidade nesta temporada

Lorena foi o principal nome do elenco do Botafogo (Foto: Vitor Silva)
A MISSÃO traçada para a temporada pelo Botafogo foi alcançada, depois de vários anos no limbo da "Segunda Divisão". Nesta sexta-feira, o alvinegro venceu o terceiro e decisivo jogo das semifinais contra o Lavras Vôlei, no Rio de Janeiro, por 3 a 0, fechou a série dos play-offs em dois a um e garantiu a vaga na final da Superliga B e automaticamente o acesso para a Superliga Nacional 2019-2020. O grande protagonista da campanha foi o experiente oposto Lorena, ídolo com a camisa do Montes Claros Funadem e que voltou à cidade há dois anos para jogar por outro projeto - o Montes Claros Vôlei.

NA MAIOR parte dos jogos, com o velho jeito expansivo de ser, ele foi o destaque em pontos anotados. O Botafogo venceu 11 dos 12 jogos disputados.

BEM QUE o torcedor de Montes Claros poderia ter acompanhado a boa trajetória botafoguense de perto. Antes mesmo de acertar com os cariocas, Lorena havia discutido a possibilidade de o Botafogo jogar parte das partidas no Norte de Minas, uma forma de suprir a ausência do Montes Claros Vôlei, que nesta temporada cedeu a licença para o Corinthians e deixou a cidade temporariamente sem equipe de voleibol profissional.

LORENA ASSUMIRIA uma dupla função de jogador e gestor, ao lado do empresário Vinícius Castro, mas nem todos os pontos da logística que permitiria a vinda do Botafogo para alguns jogos no Norte de Minas ficaram acertados. “Havia alguns projetos encaminhados para o suporte do time e patrocínio, estrutura física e logística, mas os prazos foram se expirando”, disse Vinícius, em recente conversa com a VENETA.

SEGUNDO ELE, outro ponto que ficou pendente foi sobre a concessão do ginásio junto ao município. “Não havia outra opção para receber jogos na cidade. Chegamos a apresentar um documento sobre as propostas do projeto, inclusive com interesse social, mas não houve acordo”, completou. Como o Botafogo precisava definir estes critérios até novembro, passou ser inviável a mudança.

SOBRE A questão do ginásio, o secretário de esportes Igor Dias explicou que houve pelo menos três reuniões para discutir o assunto, mas o município não recebeu um documento oficial em nome do Botafogo “para dar a segurança jurídica que outorgasse e autorizasse pelo clube do Rio de Janeiro o projeto de jogar na cidade”. No entanto, deixou claro que as portas estão abertas para discutir o assunto em outras frentes, com a prévia suficiente para resguardar tantos os interessados como o município.

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