MC Vôlei reage em apenas um set e perde para o Lomas

REGULAR, O time argentino dominou o jogo com eficiência de passe e bolas rápidas; MOC teve inúmeras dificuldades e vai se contentar com disputa do bronze, diante do Bolivar

O LOMAS Voley, da Argentina, é o segundo finalista do Campeonato Sul-Americano de Clubes. Na segunda partida das semifinais, venceu o Montes Claros Vôlei por 3 a 1, parciais de 25-21, 25-15, 21-25 e 25-22. A conquista da vaga é inédita para o time da cidade de mesmo nome, que decidirá a taça contra o Sada/Cruzeiro, sábado, às 21h30, com transmissão pela Sportv. Ao MC Vôlei, que sonhava com o título continental para salvar a temporada, resta o consolo de brigar pelo bronze da América do Sul, também neste sábado, às 18h30, contra o Personal Bolívar.


Indecisão na defesa em lance do primeiro set; Montes Claros não teve força para uma reação maior  (Foto Alex Sezko)

EMBORA AS parciais tenham sido diferentes, a leitura dos dois primeiros sets foi igual. O Montes Claros apresentou-se irregular em praticamente todos os fundamentos e obteve a maioria dos seus pontos em erros do adversário. A dificuldade maior foi nas jogadas de rede, além de esbarrar no desempenho acima da média do oposto Pereyra, do central Ocampo e do levantador Chirivino.

NO TERCEIRO set, o MC Vôlei reagiu a contento, inspirado pelo rendimento de Lorena, que fez de tudo um pouco: pontos de ataque e contra-ataque, bloqueio e ace, além de receber um cartão vermelho por questionar a marcação do árbitro. O oposto também foi o responsável por inflamar a torcida, que jogou junto e vaiou bastante o adversário.

E NO quarto set, os argentinos permaneceram à frente do placar do início ao fim. Quanto o MC Vôlei ameaçou encostar, o técnico Marcelo Silva pediu tempo para esfriar o adversário. O ataque de Ocampo, que explorou o bloqueio de Mesa, definiu o jogo. A comemoração excessiva dos argentinos, com gritos de torcida e jogadores desabados em quadra, teve explicação, como disse o levantador Chirivino.

“VIEMOS PARA fazer história. Será nossa primeira final de Sul-Americano. Até então, conseguimos participar de um campeonato só e ficamos com o bronze. A chance agora é de brigar pelo título”, disse o armador, apontado pela imprensa como o melhor em quadra.

O TIME vem de dois jogos seguidos pelas quartas de final da Liga Argentina e de uma sequência pesada no Sul-Americano, com uma decisão em tie-break no clássico contra o Bolívar, cuja vitória lhe valeu o primeiro lugar da chave. Com o jogo rápido diante do MC Vôlei, o time teme chegar mais desgastado que o Cruzeiro na final.

“VAMOS TIRAR força não sei de onde; acho que da motivação de chegar à uma final, mérito não somente dos atletas, mas de todos que fazem parte do projeto: massagista, roupeiro, diretores”, resumiu o treinador.

DO LADO do MC Vôlei, o abatimento foi geral. Praticamente todos os jogadores foram embora logo após o apito final, sem ao menos tirar o uniforme. Apenas o técnico Sérgio Cunha e o ponteiro Najari falaram com a imprensa.

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