Primeiro jogo do play-off: Vivo/Minas foi mais eficiente

MANDO DE quadra não foi suficiente para o Montes Claros sair na frente nos play-offs; derrota em casa obriga vitória amanhã, em BH


O FUTURO DO BMG
/Montes Claros na Superliga passa pela obrigação de uma vitória amanhã, em plena Arena JK (BH), no 2º jogo contra o Vivo/Minas pelos play-offs. Isso porque no primeiro encontro das quartas-de-final, realizado nessa segunda-feira, no Poliesportivo Tancredo Neves, os minastenistas venceram de virada por três sets a um, diante de 6.495 torcedores, parciais de 25/20, 20/25, 23/25 e 20/25 em 2 horas e 7’. - foto: Clésio Robert

SE É QUE CABE a expressão, o “pecado” do Montes Claros foi praticamente não bloquear, fundamento que o Minas soube aproveitar de sobra. Apenas seis acertos do Esquilão contra 21 dos visitantes. “Fizemos algo que tem até mais a ver ao estilo deles: forçar o saque para dificultar o passe que a defesa faz ao Rodriguinho na armação do ataque”, analisou o ponteiro Diogo, autor de 20 pontos na noite, ao explicar como a qualidade de ataque do Montes Claros foi neutralizada. Estaba certo: ou a bola aparecia alta para os centrais ou baixa para os ponteiros e opostos, o que ajudou na ação dos bloqueadores do Minas.

NA TEMPORADA anterior, Diogo era um dos destaques do Montes Claros. Foi vaiado praticamente em todos os quatro sets, mas ao final da partida voltou a ser aplaudido pelos fãs que deixou na cidade.

POR SUA VEZ, o levantador Rodriguinho achou explicações na melhor competência dos adversários, que pareciam adivinhar muitas jogadas do time. E mostrou otimismo para a volta: “já superamos momentos parecidos como esse. Nada impede de irmos até lá e devolver a derrota”, abreviou.

“A VIRADA”

O TÉCNICO Talmo de Oliveira também foi de poucas palavras. Disse que seu time poderia ter rendido mais e lamentou as vezes em que esteve à frente no terceiro e quarto sets (de até três pontos) e permitiu a virada do Minas. Ao final do quarto set que determinou a derrota, ele foi chamado por um torcedor e recebeu de suas mãos o DVD do filme “A Virada”, cuja história de um vendedor de carros “ensina a conhecer os próprios limites e transformá-los em poder de decisão”.

AO MESM
O tempo, a decepção de jogadores, comissão técnica e torcedores aliou-se à confiança de que o time possa ir à Capital e devolver a derrota ao rival para que seja realizado o terceiro e decisivo jogo, no sábado; mais uma vez em Montes Claros. A melhor campanha garante ao Esquilão o direito de dois mandos de quadra. A diretoria vai ceder alguns ônibus para a viagem. A passagem com direito a ingresso custa R$ 35, com saída na quinta, às 11 horas.

RESUMO

OS GRITOS DAS
arquibancadas de “o caldeirão é nosso” e “o terror vai começar”, marcantes nos primeiros momentos, entoaram o primeiro set do Montes Claros e forçaram o Minas ao erro. Os donos da casa venceram por 25x20 graças ao poderio de ataque – 14, sendo nove pontos de Leandrão - e os erros do adversário (9), além de dois bloqueios.

NO SET SEGUINTE, até que o Montes Claros conseguiu variar o ataque além das pontas, com as bolas rápidas, mas o Minas errou menos (4) e o bloqueio não funcionou uma vez sequer. Para piorar, os contra-ataques para fora e a muralha do rival na rede foram determinantes. No terceiro, já com Alemão como oposto, o MOC foi arrasador ao abrir três a zero, inclusive com um ace. Mas a receita do Minas voltou a predominar. Com apenas dois bloqueios, o Esquilão perdeu na rede e no placar.

NO QUARTO SET, o Minas voltou a cometer vários erros (7) e o Montes Claros acertou a mão no saque (2). Vencia por 10 a 7 até Marlon ir para o saque. A virada aconteceu graças ao bloqueio (três seguidos). O Minas fez 13 a 11 e os gritos foram substituídos por “raça, raça, raça”, mas a noite era mesmo do time de Belo Horizonte, que não mais foi alcançado.

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