Capítulo decisivo de “Salve Jô”

"XARÁ" DO centroavante alvinegro, galo é mascote e vigia na oficina dos Sá, mas pode virar cardápio se der Newell’s


Galo Jô ganha até beijo; Jean pede ao artilheiro dois gols na partida desta quarta
SALVE O Jô. Uma quase paródia ao título da novela de horário nobre encerrada recentemente na Rede Globo pode ser aplicada ao jogo desta quarta-feira entre Atlético e Newell’s Old Boys, pela Copa Libertadores de América. Ao invés do Independência, o cenário é uma oficina de pintura/lanternagem no Bairro São João, em Montes Claros.

SE DER Atlético, o animal de estimação e vigia do lugar, o galo Jô, continuará como a mascote da oficina; mas se o clube argentino ficar com a vaga na final, o “penoso” vai para a panela e virará um “galopé” – prato típico da região que mistura galo, pé de porco e canjiquinha.


Salve Jô: capítulo decisivo no Independência
A IDEIA de colocar a “linha de tempo” do galo nas mãos (ou pés) do Atlético foi do proprietário da oficina, Wilson Sá, ex-jogador do Ateneu, a partir de provocações de alguns clientes, entre os quais o radialista Geraldo Sá. Tanto Wilson como Geraldo são cruzeirenses. Mesmo com certa resistência, o desafio foi aceito por Jean, filho de Wilson e que também trabalha na oficina, além de ser o verdadeiro dono de Jô.

“ACEITEI PORQUE tenho certeza de que o Atlético vai ser campeão. Amanhã (hoje), vai fazer 3 a 0 no Newell’s e com dois gols do próprio Jô”, afirmou Jean Sá, que deu até beijo no animal de estimação para a foto. “Não avacalha comigo não, Jô”, pediu.

Presente
No galinheiro, Jô mostra imponência igual ao centroavante do Galo
AINDA SEM nome, o galo chegou à oficina filhote, há um ano e meio, como presente de um funcionário. À medida que foi crescendo, se tornou, além do animal de estimação, o vigia do lugar por causa da valentia. “A gente só pode soltá-lo aos finais de semana, quando não tem ninguém aqui”, disse Jean.

O APELIDO associado ao do centroavante do Atlético veio por causa do pescoço alto. “Além de grande, o pescoço tem muita pena. Como ele chamava a atenção perto dos outros frangos e por causa desse volume de pena comecei a chamar de Jô, que chegou ao Galo com um "cabelão" vermelho. Quase gêmeo”, justificou, rindo mais uma vez.

WILSON GARANTE que não vai torcer pelos argentinos, mesmo sendo cruzeirense de carteirinha. Mas a explicação foi bem breve: “o futebol mineiro merece este título”. Por outro lado, acha que um “galopé” cairia bem no cardápio, principalmente no tempo frio de julho. "Se der Newell's, não tem problema também não".

MESMO QUE venha a vaga à final e o inédito título, Jean acha que Jô, o Galo, está com os dias contados. “Pode ter certeza: ele vai durar até o Mundial. Depois, sei não”, brinca.

NESTA QUARTA-feira, na abertura do debate acerca do jogo de volta entre Atlético e Newell's, a matéria da VENETA sobre o Galo Jô fez parte da abertura do programa Pontapé Inicial, da ESPN Brasil, apresentado por José Trajano e Dudu Monsanto.

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