Mocão: a Comissão... a dúvida... Funorte chora aluguel; Apas ri, assim como os gringos do futebol

Comissão para o Estádio Mocão

Na tarde de segunda-feira, o prefeito Luiz Tadeu Leite anunciou uma comissão especial Pró-Estádio Municipal, que vai coordenar o projeto de construção do Mocão. A meta é por fim à novela decana da obra, que surgiu nos anos 70 e atravessou dez administrações, sendo duas do próprio atual prefeito.
O nome será mesmo o do ex-prefeito Antonio Lafetá Rebello, o Toninho. A homenagem ao radialista José Nardel, que batizaria o então projeto do estádio na Unimontes, virá em uma outra oportunidade. (Foto Fábio Marçal)

Experiência de provedor

Ao lado de ex-jogadores, o jornalista e empresário Elias Siufi vai presidir a comissão Pró-Estádio Municipal e com bagagem no currículo não apenas por ser uma das pessoas mais bem relacionadas da cidade. Até o início deste ano, era provedor da Santa Casa e, para aquele hospital, fez um bom trabalho de equipe para conseguir recursos nas esferas estadual e federal – leia-se governos, deputados, emendas... – e concretizar projetos bem visíveis e palpáveis nas cercanias da praça Honorato Alves/Irmã Beata.

Como 2010 pode ajudar

E o argumento de Tadeu na entrevista para as rádios é justamente este: ir à Brasília e Belo Horizonte. Como Lula e Aécio entregam seus cargos em 2010 e estão dispostos a queimar a prata até lá, principalmente preparando o terreno para a Copa do Mundo de 2014, o sinal é mais do que positivo para que o projeto Mocão seja apadrinhado.

A Comissão:

Além de Elias Siufi, fazem parte o secretário-adjunto de Obras, Deocleciano Dourado; o adjunto de Serviços Urbanos, Tim Nunes; o jornalista Jorge Silveira; os ex-jogadores Nicomedes Almeida (professor), Denart D'Ávila (bancário), Helton Veloso (publicitário), Coró Barbosa (empresário); o ex-presidente de Cassimiro, Ateneu e MCTC, Aristóteles Mendes Ruas; o advogado Roque Colares; o empresário Henrique Sapori (Transnorte) e o presidente da Liga Montes-clarense de Futebol, Diu Andrade.

Custo total

O projeto, que é o mesmo readequado na administração de Athos Avelino, apresenta em sua primeira etapa um custo total de R$ 6 milhões - ao invés dos R$ 8 milhões anunciados pela primeira vez -, sendo, segundo Tadeu, R$ 2 milhões da prefeitura.

Numeradas, imposto menor e poder de convencimento

Além das visitas aos gabinetes em BH e BsB, haveria mais carta na manga: uma parceria público-privada, com as empresas daqui ou de fora arcando com a parte maior dos custos da obra do estádio. A mesma comissão de Elias Siufi ficará responsável por esse convencimento. Em troca, redução de ISS ou outros impostos aos interessados ou, ainda, a oferta de cadeiras numeradas, como as cativas que existem no Mineirão.

Dúvida:

A dúvida, ainda com base no que o Tadeu disse - e que não deve ser só minha -, é a seguinte: se o projeto custa R$ 6 milhões e a prefeitura garante ter R$ 2 milhões próprios para a obra e vai buscar R$ 4 milhões junto aos privados, o dinheiro que o Ministério do Esporte liberou ainda na gestão anterior – pouco mais de R$ 1,8 milhão e rende juros – e que estava bloqueado na Caixa por ordem da CGU e do TCU, seria utilizado onde? Ou é ele que está sendo creditado como parte da Prefeitura?

Repercussão

E foi bom saber que a Veneta anterior, postada no Blog e reproduzida no JORNAL DE NOTÍCIAS de sábado, dia 29, foi repercutida pelo próprio prefeito e pelos demais órgãos de imprensa.

Blindagem ou privê mesmo?

Com bem lembraram os comentaristas Tião Remígio e Cid Coelho no programa desta manhã na Rádio Terra, blindagem ou não, o convite para a coletiva foi para poucos e sem a imprensa especializada – os jornalistas esportivos presentes, Heberth Halley e Diu Andrade, já fazem parte do staff da Prefeitura. Diu, também na condição de presidente da Liga de Futebol, integra a comissão pró-estádio.

MCTC de volta ao tênis

Depois do time de vôlei adulto para o Mineiro, os da base no futsal e no basquete, o projeto de natação social, além da reforma do seu ginásio e das quadras externas, o MCTC anuncia a retomada da escolinha de tênis de quadra, com o professor João de Deus "Black". As turmas e os horários estão sendo formados de acordo com a demanda. O curioso é que no distintivo do clube estão mesmo as raquetes do esporte do Guga.

Aluguel mais caro

O Funorte acompanha nos bastidores as conversas sobre a construção do estádio em Montes Claros e, de domingo para cá, bem mais do perto do que antes. Ao pagar a taxa de aluguel do estádio José Maria Melo para o jogo contra o Valério na Taça Minas Gerais, o clube foi surpreendido com a majoração do valor em 100%. Agora, para cada jogo no campo do bairro Todos os Santos vai ter que desembolsar R$ 1 mil.

Pagou, com chio ou sem chio

A direção do Funorte garante que a decisão é da Associação Estádio Cassimiro de Abreu ou AECA, que tem controle do campo, e não da direção do clube Cassimiro de Abreu, que ainda tentou ponderar. Sem outra opção na cidade, o jeito foi pagar, com chio ou sem chio. Jogar em outra cidade da região que tenha estádio aprovado pela FMF, como Bocaiúva e Janaúba, não está descartada.

Obras de R$ 150 mil

Ironia ou não, dias antes o presidente de honra do Funorte, Ruy Muniz, que é deputado estadual, anunciou a aprovação da emenda de R$ 150 mil, do orçamento do Estado para obras no Estádio José Maria Melo: novos vestiários e novos banheiros, novo sistema de iluminação e novo acesso lateral para os carros de segurança. Só que o dinheiro ainda não foi liberado.

Boa vida no Bonjuá

Além do Ginásio Poliesportivo do Monte Carmelo, que passará por mais duas vistorias da Confederação Brasileira de Vôlei antes do término das obras de reforma, outros lugares da cidade já se preparam para receber as seleções do Brasil e dos Estados Unidos, para os jogos nos dias 22 e 23. O hotel fazenda Bonjuá, a 15 minutos do Max Min, receberá as duas delegações. As reservas já foram definidas.

Apas ganha camisas

A boa experiência dos jogadores do Funadem/Montes Claros na visita a uma escola pública não foi o primeiro trabalho social do time que a cidade tem. Inclusive passou despercebido pela prefeitura, que já tem o time atrelado à sua mídia.
Ao final do jogo Funadem 3x1 Argentina Sub-23, ainda no circuito internacional da AABB, dia 22, o clube doou à primeira-dama Stela Leite, duas camisas de jogo, uma vermelha e outra branca, para serem sorteadas. A renda será revertida à Associação de Promoção e Ação Social (Apas), da qual é presidente.



OSMAN E DIÁZ
, os dois estrangeiros que chegaram direto dos Estados Unidos ao time júnior do Funorte, na semana passada, para um período de três meses de aprendizagem, já foram para a beira do campo no domingo acompanhar o jogo da Taça MG.
MESMO sem qualquer noção do idioma português, ainda sim mostraram disposição para um bate-papo. Nascido em Los Angeles, Diáz é filho de mexicanos e fez o papel de tradutor. Arrisquei o espanhol dos tempos da faculdade e deu certo.
RESIDENTE em Memphis, terra de Elvis Presley, Diáz considera Ronaldinho Gaúcho o melhor jogador do mundo. O futebol brasileiro como um todo, por sua vez, é "boníssimo".
NA MANHÃ daquele mesmo dia, os dois chegaram a atuar na goleada do misto do FEC sobre o Volta Redonda, campeão aspirante do Santos Reis: 7x0.
O SUDANÊS Osman mora nos EUA desde os nove anos com a mãe e mais nove irmãos, sendo que três deles jogam futebol americano nos 'Colleges' americanos.
O AFRICANO tem a cidadania americana por causa do tempo de residência no País. Se considera um bom cabeceador e um 'runner' (corredor em inglês).
INCLUSIVE FEZ um gol. Mas quando o assunto é o melhor do mundo, prefere resgatar a origem do continente negro: Didier Drogba, do Chelsea. Somente sobre os brasileiros, ainda acha Ronaldo, o Fenômeno, o "The Best". (Foto Rubem Ribeiro)

2 comentários

Anônimo disse...

Ruy Muniz, além de ter arrumado uma verba de 150 mil para reforma do Cassimiro, teve como forma de agradecimento o aumento do aluguel do campo.
.
É brincadeira, depois falam que o Volei que é organizado, lógico, todo mundo jogando contra o Futebol, a paixão do brasileiro

Netto disse...

Muito interessante o anúncio da construção do Mocão, mas penso que os montes clarense apaixonados por futebol, devem comemorar somente quanto estiver pronto o Mocão. A prefeitura entra com 2 milhoes, e a comissão tem a missão de conseguir 4 milhoes, porém sabemos que 4 milhões não consegue da noite para o dia, e muito dinheiro. E o dinheiro que está retido na caixa? ajudaria né. Ficaremos felizes, somente quando ficar pronta a obra, por que, iniciar ja vimos várias vezes e as recordações não são boas.