Pouca coisa no balanço da audiência pública pró-Funorte

A FEDERAÇÃO MINEIRA de Futebol já sinalizou sobre o conselho arbitral do Campeonato Mineiro da Primeira Divisão, mas sua realização está condicionada tão logo aconteça a reunião entre os representantes dos clubes, direção da FMF e a Rede Globo, detentora dos direitos de transmissão. Na pauta está o reajuste da cotas tanto dos grandes como dos pequenos. Os times do interior querem o reajuste de R$ 400 mil para R$ 550 mil (o percentual estaria previsto no contrato da temporada 2010). O montante incluiria a cota das transmissões a cabo, o chamado Pay Per View. O Funorte está na “barca boa”.

A COMEÇAR PELA ausência de parte dos próprios vereadores, responsáveis pela Casa, e pela falta de um resultado prático, diria que foi pouco proveitosa a audiência pública nessa quinta-feira, na Câmara Municipal. O encontro aconteceu pela manhã, na tentativa de analisar a possibilidade de uma ajuda de custo do município ao Funorte diante do seu acesso à elite do Campeonato Mineiro. O encontro foi transmitido ao vivo pela TV Câmara e pela Rádio Educadora.

NO ENTANTO, VALE ressaltar que houve boa vontade dos vereadores presentes em discutir o assunto e dar ao futebol profissional, agora na elite mineira, o mesmo tratamento que o vôlei recebe há um ano por estar na principal competição nacional do vôlei. Mas nada de efetivo foi feito a não ser montar uma comissão com vereadores (3), secretário de esportes e lazer, diretoria do Funorte (2) e um representante da comunidade para uma reunião com o prefeito Luiz Tadeu Leite, na terça-feira que vem, às 14h30.

ALIÁS, O PREFEITO foi convidado para a audiência, mas justificou sua ausência por causa de compromissos assumidos anteriormente. Por telefone, comunicou aos vereadores o agendamento da reunião com a diretoria do Funorte. Bons sinais: de boa vontade e de que as arestas políticas podem estar sendo podadas.

O SECRETÁRIO de esportes e lazer, Toninho da Cowan, foi à audiência e sinalizou que, neste primeiro momento, a contribuição da prefeitura poderá vir de outra maneira que não seja financeira, já que a recessão orçamentária (cortes de pessoal e fim de contratos) foi assumida pelo prefeito durante coletiva. O jeito seria ajudar, com maquinário e material humano, na reforma do estádio que o Funorte escolher como casa. Como o campo do Ateneu exige um trabalho que comece do zero e o campo do Cassimiro necessita “apenas” de adequações, a sua preferência seria em ajudar nas obras do estádio José Maria Melo.

O ARGUMENTO DO Funorte está pronto, tanto o que foi usado ontem como da terça-feira que vem. Por também carregar o nome da cidade na mídia desde o acesso, os diretores Cristiano Júnior e Odair Borges entendem como direito do clube uma ajuda pública igual à do vôlei – ou pelo menos proporcional ao projeto do futebol. E mais: a mobilização do empresariado, também via prefeitura – por meio de isenções fiscais.

A POSSIBILIDADE de união do Funorte com o Ateneu, além da cessão do estádio João Rebello, não chega a ser unanimidade mesmo que seja para reforçar o projeto que recoloca a cidade de volta à Primeira Divisão depois de 12 anos. Com exceção do palavrão que abre o comentário, o leitor Sebastião dá seu recado: “Fundir os times acaba com toda uma história do Ateneu e também do Funorte, que já começou a conquistar os montesclarenses! Parceria é ótimo (sic), mas uma possível fusão seria absurdo (sic), ridículo (sic), impensável!”.

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