Bolívar justifica favoritismo, mas tem trabalho contra o Thomas Morus

TIME CHILENO, que concilia o esporte com estudos e trabalho, chegou a ficar à frente do placar em dois sets, mas prevaleceu força dos argentinos


Ataque argentino no primeiro set, entre os mais equilibrados no jogo que abriu o Sul-Americano (Fotos: Alex Sezko)
DEU A lógica na primeira partida do Campeonato Sul-Americano 2018. O Bolívar Voley, da Argentina, venceu o Thomas Morus, campeão chileno, por 3 a 0, em duelo pelo Grupo B, no Ginásio Poliesportivo Tancredo Neves. Embora o placar seja dilatado, ele não reflete a dificuldade que ao longo do jogo.

EM VÁRIOS momentos do primeiro e do terceiro sets, a equipe do Chile esteve à frente do placar, com até quatro pontos de diferença. Enquanto o Bolívar tem um orçamento milionário, com jogadores de seleção e uma coleção de títulos, o Thomas é apenas um time amador, com os atletas conciliando o vôlei com os estudos e trabalho.

AS PARCIAIS foram de 25-23, 25-16 e 26-24, em pouco mais de 1h20. Um bloqueio simples de Pablo Crer fechou a partida. Do lado argentino, destaque para o rendimento do búlgaro Penchev, bem eficiente no saque. Do lado do Thomas Morus, o oposto Tomas Parraguirre foi o destaque na virada de bola.

O TÉCNICO Javier Weber preferiu dar mérito ao esforço dos chilenos em fazer um jogo igual, mas lamentou a sequência de erros do Bolívar, que já vinha enfrentado problemas no fim de semana, quando perdeu nos play-offs da Liga Argentina para o modesto Monteros. 

ANÁLISE


Parraguirre (4) joga ao lado do irmão Matias no Tomas Morus;
time surgiu dentro de um projeto escolar ainda na infância
“PERDEMOS O controle do saque em alguns momentos, mas tivemos outras dificuldades, como a necessidade de adaptação à bola, que é diferente à da nossa Liga”. O treinador entendeu também que o grupo sentiu o desgaste pela sequência de jogo e viagem. “Jogamos até o tie-break no sábado, à meia-noite e no domingo, de manhã, começamos a viagem para o Brasil, que só foi terminar no início da madrugada de segunda-feira”, descreveu.

DO LADO chileno, Tomas Parraguirre acreditava que o time poderia ter melhor sorte e vencido pelo menos um set. “Viemos para mostrar o voleibol que nos levou ao título chileno”. Análise reforçada por seu técnico Germán Mena, que previa que o time iria sentir a falta de ritmo de jogo.

A LIGA Chilena terminou em novembro e desde então, o grupo apenas treinou, mas os jogadores estrangeiros, por exemplo, saíram e os de maior destaque, como o próprio Parraguirre e seu irmão Vicente, se transferiram para ligas mais fortes, como a B Argentina e a do Canadá, respectivamente.

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