Funorte poderá estrear sem conhecer campo

CIENTE DE QUE as obras do Estádio José Maria Melo precisam acontecer em ritmo acelerado, clube ainda vai depender da ajuda de São Pedro para não chover

O FUNORTE CORRE o risco de estrear no Campeonato Mineiro da Primeira Divisão, dia 30 de janeiro, contra o Atlético, sem ao menos ter um contato sequer com o gramado do Estádio José Maria Melo. Mesmo já cumprida a reforma da grama nas áreas do gol e no centro, o campo do Cassimiro de Abreu ainda não cumpriu nem 10% das reformas exigidas pela Federação Mineira de Futebol (FMF).

NO ACORDO FEITO com o Funorte e o Cassimiro de Abreu, a prefeitura assumiu os custos da adaptação, mas teve que seguir todo o trâmite até a liberação de recursos: votação do projeto de liberação da verba de R$ 400 mil junto à Câmara, sanção do prefeito, carta convite, licitação e, por fim, compra de materiais. Por isso, pouco ou quase nada do serviço já começou.

ASSIM, AINDA na primeira quinzena de janeiro, as obras estarão em andamento: levantamento das lajes na ampliação dos dois vestiários, as novas cabines de rádio e TV, novos bancos de reservas e sanitários para o público, além da substituição de todo o alambrado e adaptação de uma casa anexa ao estádio para o atendimento médico do SAMU e instalação do posto policial e dos Bombeiros.

UM ENGENHEIRO consultado pelo JN estima pelo menos 20 dias – desde que não chova – para a conclusão destes projetos. “Uma laje precisa de pelo menos três dias para secar, desde que o tempo esteja quente e seco, mas como trabalhar no acabamento destes novos espaços em meio às escoras?”, disse o profissional, que pediu para que seu nome não fosse divulgado.

FECHADO POR SEGURANÇA

DIANTE DO quadro, estas obras de alvenaria ao redor do gramado, por motivos de segurança, impediriam o uso diário do campo para treinos, o que deixaria o Funorte restrito ao seu CT.

SOBRE A limitação de gramados para os trabalhos, o técnico Wagner Oliveira fez um pedido à comunidade durante participação no programa Momento Esportivo, do Canal 20. Sugeriu aos clubes recreativos e às empresas que possuem bons gramados que cedam o espaço para o trabalho. “O momento agora é de a cidade abraçar o Funorte. Que todos ajudem! Não queremos o campo desse ou daquele clube todos os dias da semana. Uma vez que seja será de suma importância para cumprir o planejamento de nosso trabalho”, comentou o treinador.

POR ENQUANTO, as opções do Funorte são bastante limitadas. O clube usa apenas o gramado do centro de treinamentos do Distrito Industrial e, sempre que possível, conta com a boa vontade da Liga Montes-clarense de Futebol (LMF) na cessão do estádio Rubens Durães Peres.

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