"Minha carreira de jogador não existiu"
E como você foi como jogador?
HÉLIO - “Não tive carreira como jogador; algo muito curto, sem expressão. Prefiro naturalmente falar da carreira como técnico. Tive uma contusão muito séria e com 23 anos parei de jogar, embora tenha participado de um grupo altamente vencedor como era o Flamengo. Mas era o terceiro goleiro. Em 80, quando o clube foi campeão fiz apenas um jogo e fiquei outros três no banco, porque tinha nada mais nada menos que Raul e Cantarelli à minha frente. Resolvei ir embora para o Joinville para dar sequência à minha carreira, mas tive a infelicidade de ter uma contusão muito séria no joelho e depois na coluna, essa que marcou a minha saída dos campos. Com 24 anos, tive que virar técnico e com 29 já trabalhava nos profissionais. E tenho orgulho de nunca ter começado uma temporada desempregado e trabalhar cinco vezes em clubes como o Goiás, Juventude e Vitória da Bahia. Ninguém volta se não tiver feito um bom trabalho. O futebol maltrata; se você não tiver número, não volta.
Você foi jogador e treinador do Flamengo, mas chegou a fazer uma observação de que, no atual momento, por escolha pessoal, não treinaria o clube carioca. Alguma mágoa nessas carreiras?
HÉLIO – “Não, não... Mágoa alguma. O Flamengo foi muito importante na minha vida. Aprendi muito com aquele grupo altamente vencedor do clube, que começou a ser formato em junho de 80, inclusive buscando em Minas jogadores como o Raul, Tião e Cléber. E nessa leva, fui para lá por indicação do Lazaroni e do Américo Faria. Aprendi muito com esse grupo e tirei muita coisa positiva para a minha carreira. O problema do Flamengo é que o treinador não manda e onde não tenho o poder de decisão eu não trabalho. Se não posso multar um jogador e falar na cara dele que ele tem que treinar, eu não vou. E essa ideia não é só minha. Esses dias perguntaram ao Luiz Felipe [Scolari] e ele disse que do jeito que o Flamengo está ele não trabalha. Não adianta: está história que a disciplina é da direção é errada; a disciplina é do treinador, que tem que ter o grupo. Isso é natural nas características de trabalho de cada profissional. Acredito que vai haver mudanças, porque o Zico não vai ser um diretor executivo apenas por ser; para passar. Ninguém vai fazer dele ‘gato e sapato’, até porque ele merece do Flamengo, todo respeito. Hoje, fico olhando naqueles que comparam a idolatria de um Petkovic com um Zico, isso é brincadeira e, ao mesmo tempo, isso é o retrato atual do Flamengo”.
O Sport te procurou e acabou fechando com Toninho Cerezo. Foi indicação sua? Treinador indica treinador para uma equipe como faz com os jogadores?
HÉLIO – “Nesse caso do Toninho Cerezo não partiu de minha indicação. Estive contato com ele uma vez na vida; inclusive lá em Dubai. Ele trabalhava no Al Alain. No Atlético Paraense, quando não pude ir, não tive condições de indicar. Só que tenho alguns amigos treinadores e competentes que indicamos, desde aqueles que estão iniciando. Mas indicar comandante é complicado; comando é uma coisa completamente diferente e até certo ponto comum”.
São quantos clubes no currículo mesmo?
HÉLIO – “Vinte, incluindo o Al Nasr, o primeiro no Oriente Médio. Passei também pela Seleção da Arábia Saudita”.
Quando se fala de Hélio dos Anjos logo se lembra de Goiás e Sport. Muita identidade?
HÉLIO – “Talvez pelo número de vezes que passei em cada um: sete no Goiás e cinco no Sport, e com títulos. Só no Goiás foram sete, com mais de 300 jogos”.
HÉLIO - “Não tive carreira como jogador; algo muito curto, sem expressão. Prefiro naturalmente falar da carreira como técnico. Tive uma contusão muito séria e com 23 anos parei de jogar, embora tenha participado de um grupo altamente vencedor como era o Flamengo. Mas era o terceiro goleiro. Em 80, quando o clube foi campeão fiz apenas um jogo e fiquei outros três no banco, porque tinha nada mais nada menos que Raul e Cantarelli à minha frente. Resolvei ir embora para o Joinville para dar sequência à minha carreira, mas tive a infelicidade de ter uma contusão muito séria no joelho e depois na coluna, essa que marcou a minha saída dos campos. Com 24 anos, tive que virar técnico e com 29 já trabalhava nos profissionais. E tenho orgulho de nunca ter começado uma temporada desempregado e trabalhar cinco vezes em clubes como o Goiás, Juventude e Vitória da Bahia. Ninguém volta se não tiver feito um bom trabalho. O futebol maltrata; se você não tiver número, não volta.
Você foi jogador e treinador do Flamengo, mas chegou a fazer uma observação de que, no atual momento, por escolha pessoal, não treinaria o clube carioca. Alguma mágoa nessas carreiras?
HÉLIO – “Não, não... Mágoa alguma. O Flamengo foi muito importante na minha vida. Aprendi muito com aquele grupo altamente vencedor do clube, que começou a ser formato em junho de 80, inclusive buscando em Minas jogadores como o Raul, Tião e Cléber. E nessa leva, fui para lá por indicação do Lazaroni e do Américo Faria. Aprendi muito com esse grupo e tirei muita coisa positiva para a minha carreira. O problema do Flamengo é que o treinador não manda e onde não tenho o poder de decisão eu não trabalho. Se não posso multar um jogador e falar na cara dele que ele tem que treinar, eu não vou. E essa ideia não é só minha. Esses dias perguntaram ao Luiz Felipe [Scolari] e ele disse que do jeito que o Flamengo está ele não trabalha. Não adianta: está história que a disciplina é da direção é errada; a disciplina é do treinador, que tem que ter o grupo. Isso é natural nas características de trabalho de cada profissional. Acredito que vai haver mudanças, porque o Zico não vai ser um diretor executivo apenas por ser; para passar. Ninguém vai fazer dele ‘gato e sapato’, até porque ele merece do Flamengo, todo respeito. Hoje, fico olhando naqueles que comparam a idolatria de um Petkovic com um Zico, isso é brincadeira e, ao mesmo tempo, isso é o retrato atual do Flamengo”.
O Sport te procurou e acabou fechando com Toninho Cerezo. Foi indicação sua? Treinador indica treinador para uma equipe como faz com os jogadores?
HÉLIO – “Nesse caso do Toninho Cerezo não partiu de minha indicação. Estive contato com ele uma vez na vida; inclusive lá em Dubai. Ele trabalhava no Al Alain. No Atlético Paraense, quando não pude ir, não tive condições de indicar. Só que tenho alguns amigos treinadores e competentes que indicamos, desde aqueles que estão iniciando. Mas indicar comandante é complicado; comando é uma coisa completamente diferente e até certo ponto comum”.
São quantos clubes no currículo mesmo?
HÉLIO – “Vinte, incluindo o Al Nasr, o primeiro no Oriente Médio. Passei também pela Seleção da Arábia Saudita”.
Quando se fala de Hélio dos Anjos logo se lembra de Goiás e Sport. Muita identidade?
HÉLIO – “Talvez pelo número de vezes que passei em cada um: sete no Goiás e cinco no Sport, e com títulos. Só no Goiás foram sete, com mais de 300 jogos”.
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