"Dubai é um lugar faraônico, com e sem intérpretes"

Hélio dos Anjos tem veia política?
HÉLIO –
“De maneira alguma. A política não tem nada a ver comigo. Independente do lugar, como aqui em Janaúba, a gente adota uma postura de observador. Nunca pensei em me envolver de uma forma mais contundente, mas se um dia isso acontecer, não vai ser na condição de candidato, mas com a ajuda e apoio a algum companheiro”.

Fora os bons salários, o futebol dos Emirados tem alguma outra vantagem que justifique deixar o mercado brasileiro?
HÉLIO –
“É um lugar maravilhoso, faraônico, com tudo do bom e do melhor; confortável ao extremo. O Clube Al Nasr está em Dubai e investe, além do futebol, no ciclismo, basquete e em outras modalidades com o cunho social. Você tem liberdade de trabalho. No Brasil há um desgaste natural pela cultura do país em relação ao futebol. Agora, por exemplo, depois de pegar uma temporada pela metade e salvar o time do rebaixamento, pude dispensar nove jogadores e indicar outras contratações, como o Léo Lima, do São Paulo, e o atacante Felipe, que levei do Náutico para o Goiás. Tenho ainda o atacante Carlos Tenório, da Seleção do Equador”.

E a comunicação?
HÉLIO –
“Tenho dois intérpretes: um para o árabe e outro para o inglês. A dificuldade, eu diria, é conseguir que eles passem a emoção na tradução para que os jogadores entendam o recado

Você fará uma pré-temporada de primeiro mundo
HÉLIO –
“Vamos para Hannover, com a previsão de fazer de dois a quatro amistosos. A meta é brigar pelo título em 2010, tanto do Campeonato Nacional, que tem 12 clubes e dá três vagas para Copa de Clubes da Ásia, como da Copa do Rei”.

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