Vôlei tem segunda queda em casa
Em noite de muitos erros, time perde pela segunda vez em casa; mesmo hostilizado Jair brilha
Com falhas em praticamente todos os fundamentos na leitura dos próprios jogadores, o Montes Claros/Funadem perdeu pela segunda vez como mandante na Superliga Nacional de Vôlei, na noite dessa quinta-feira, contra o Fátima/Universidade de Caxias, por três sets a um, parciais de 21/25, 25/19, 22/25 e 23/25 em exatas duas horas de jogo. Lorena saiu de quadra como o maior pontuador (23) e, por isso, segue liderando esse ranking na competição, com 337 pontos.
O resultado, no entanto, não comprometeu a posição na tabela. Segue na terceira colocação, agora com 33 pontos. Os gaúchos, por sua vez, subiram para o sétimo lugar, com 29 pontos, mas com dois jogos a menos em relação a todos os times à sua frente. A primeira derrota em casa foi justamente na estreia, ainda em novembro, contra o Sesi/SP pelo mesmo placar.
Esse foi o terceiro revés seguido do Funadem – quinto em toda competição. Antes do compromisso dessa quinta-feira, que marcou o reencontro com os torcedores (3,8 mil presentes) no Ginásio Poliesportivo Tancredo Neves, o time havia sido derrotado de virada pelo Sky/Pinheiros e pelo Sesi/SP, semana passada, ambos por 3x2, em São Paulo. Para Caxias, foi um troco, afinal, no duelo pelo turno o Montes Claros venceu no Rio Grande do Sul pelos mesmos 3 a 1.
O JOGO - O técnico Talmo de Oliveira parece ter detectado erros em seu time desde o primeiro set, quando substituiu Ezinho por Piá. No segundo tempo técnico, os visitantes venciam por quatro pontos e até conseguiram ampliar a vantagem (15/20) até a reação dos donos da casa, que por pouco não empataram (21/22). Mas os dois erros de ataque e um de saque selaram a vitória do Caxias no set.
O segundo set começou com dois pontos diretos da UCS. O Funadem só conseguiu a virada no primeiro tempo técnico (8/7). A vantagem foi mantida, mas mesmo com os três pontos à frente (19/16) – boa parte de bloqueios –, a torcida pediu a volta de Ezinho. Para os donos da casa, foi o set menos nervoso – e mais curto –: 25/19 em 26 minutos.
Os três a zero no primeiro minuto do terceiro set davam a impressão de que a reação do Funadem estava consolidada. Nada disso. Dois erros de ataque ajudaram o Caxias a empatar. A igualdade seguiu até o 10º ponto, até um erro de saque colocar os gaúchos na frente. Chegaram a ficar cinco pontos em vantagem (15/20), mas acabaram vencendo por apenas três (22/25).
No último set, o Montes Claros saiu em desvantagem, mas sempre perto do adversário (um ou dois pontos atrás). No 20º ponto do Caixas, uma polêmica: o bloqueio bateu a bola para fora, mas o árbitro central deu quadra. Passado o estresse, mesmo assim, o Montes Claros conseguiu chegar ao empate (23/23), o que dava a impressão de virada, mas um erro de ataque e uma cortada certeira dos rivais puseram fim ao jogo. Agora, três outros compromissos fora de casa: Brasil Vôlei Clube (São Bernardo), Cuiabá e Brasília.
TALMO DE OLIVEIRA
O técnico do Montes Claros/Funadem tratou de abreviar as explicações sobre o segundo revés em casa. Primeiro, lembrou da maratona que seu time fez na semana passada, principalmente com o desgaste por ter disputado todos os cinco sets nos jogos contra Sky/Pinheiros e Sesi/SP.
Ao mesmo tempo, tratou de evidenciar os méritos do adversário, que se impôs mesmo como visitante. “Não vai ter time fácil. Isso é ilusão. Voleibol de alto nível é assim mesmo. Temos mais quinze jogos pela frente e, sem sombra de dúvidas, muitas oportunidades de recuperação”. Sobre os erros cometidos pelo time condenou a saída e as dificuldades na virada de bola, mas preferiu não entrar em detalhes. “Se falar dos aspectos, poucos vão entender”, encerrou.
Líbero do Caxias, Jair Aminthas Neto, o Jairzinho, foi o único montes-clarense que deixou a quadra em festa. Um dos melhores do duelo, ele nasceu na cidade e foi prestigiado pelos pais e outros familiares nas arquibancadas, com direito a faixas. Pela vibração a cada ponto, chegou a ser hostilizado por alguns torcedores.
Ao comentar sobre a vitória do Fátima/UCS/Medquímica, que, por causa de uma parceria, carrega também o nome do São Paulo Futebol Clube, considerou o resultado “como uma façanha”, já que outros times apontados como favoritos ao título foram derrotados em Montes Claros.
“Acho extremamente importante que a cidade tenha reconhecido o vôlei como esporte; como lazer. A torcida é impressionante”, opinou sobre o primeiro jogo como profissional em sua cidade. No entanto, viu como maduro o comportamento do seu time para não se intimidar no ginásio que detém todos os dez recordes de público da Superliga.
"Não sentimos muito a pressão, porque o time está se acostumando a jogar fora; uma blindagem diria, mas também tínhamos objetivo de vencer”, complementou. Por último, confirmou que, mesmo sendo da cidade, em momento algum recebeu qualquer tipo de proposta ou mesmo sondagem para defender as cores do Montes Claros/Funadem. “Quem sabe numa próxima oportunidade”, finalizou.
AMEAÇAS
Não bastasse a terceira derrota seguida na Superliga, a direção do Funadem encontrou uma preocupação a mais para a sequência da competição. Um torcedor esperou a entrada dos jogadores do Caxias no vestiário para arremessar uma garrafa do líbero Jair. O homem tentou ainda cuspir nos visitantes. O temor é sobre o relato dos fatos no relatório da partida, o que poderia causar algum tipo de pena para o clube, desde uma advertência ou até mesmo a perda de um mando de quadra. (fotos: Clésio Robert)
Com falhas em praticamente todos os fundamentos na leitura dos próprios jogadores, o Montes Claros/Funadem perdeu pela segunda vez como mandante na Superliga Nacional de Vôlei, na noite dessa quinta-feira, contra o Fátima/Universidade de Caxias, por três sets a um, parciais de 21/25, 25/19, 22/25 e 23/25 em exatas duas horas de jogo. Lorena saiu de quadra como o maior pontuador (23) e, por isso, segue liderando esse ranking na competição, com 337 pontos.
O resultado, no entanto, não comprometeu a posição na tabela. Segue na terceira colocação, agora com 33 pontos. Os gaúchos, por sua vez, subiram para o sétimo lugar, com 29 pontos, mas com dois jogos a menos em relação a todos os times à sua frente. A primeira derrota em casa foi justamente na estreia, ainda em novembro, contra o Sesi/SP pelo mesmo placar.
Esse foi o terceiro revés seguido do Funadem – quinto em toda competição. Antes do compromisso dessa quinta-feira, que marcou o reencontro com os torcedores (3,8 mil presentes) no Ginásio Poliesportivo Tancredo Neves, o time havia sido derrotado de virada pelo Sky/Pinheiros e pelo Sesi/SP, semana passada, ambos por 3x2, em São Paulo. Para Caxias, foi um troco, afinal, no duelo pelo turno o Montes Claros venceu no Rio Grande do Sul pelos mesmos 3 a 1.
O JOGO - O técnico Talmo de Oliveira parece ter detectado erros em seu time desde o primeiro set, quando substituiu Ezinho por Piá. No segundo tempo técnico, os visitantes venciam por quatro pontos e até conseguiram ampliar a vantagem (15/20) até a reação dos donos da casa, que por pouco não empataram (21/22). Mas os dois erros de ataque e um de saque selaram a vitória do Caxias no set.
O segundo set começou com dois pontos diretos da UCS. O Funadem só conseguiu a virada no primeiro tempo técnico (8/7). A vantagem foi mantida, mas mesmo com os três pontos à frente (19/16) – boa parte de bloqueios –, a torcida pediu a volta de Ezinho. Para os donos da casa, foi o set menos nervoso – e mais curto –: 25/19 em 26 minutos.
Os três a zero no primeiro minuto do terceiro set davam a impressão de que a reação do Funadem estava consolidada. Nada disso. Dois erros de ataque ajudaram o Caxias a empatar. A igualdade seguiu até o 10º ponto, até um erro de saque colocar os gaúchos na frente. Chegaram a ficar cinco pontos em vantagem (15/20), mas acabaram vencendo por apenas três (22/25).
No último set, o Montes Claros saiu em desvantagem, mas sempre perto do adversário (um ou dois pontos atrás). No 20º ponto do Caixas, uma polêmica: o bloqueio bateu a bola para fora, mas o árbitro central deu quadra. Passado o estresse, mesmo assim, o Montes Claros conseguiu chegar ao empate (23/23), o que dava a impressão de virada, mas um erro de ataque e uma cortada certeira dos rivais puseram fim ao jogo. Agora, três outros compromissos fora de casa: Brasil Vôlei Clube (São Bernardo), Cuiabá e Brasília.
TALMO DE OLIVEIRA
O técnico do Montes Claros/Funadem tratou de abreviar as explicações sobre o segundo revés em casa. Primeiro, lembrou da maratona que seu time fez na semana passada, principalmente com o desgaste por ter disputado todos os cinco sets nos jogos contra Sky/Pinheiros e Sesi/SP.
Ao mesmo tempo, tratou de evidenciar os méritos do adversário, que se impôs mesmo como visitante. “Não vai ter time fácil. Isso é ilusão. Voleibol de alto nível é assim mesmo. Temos mais quinze jogos pela frente e, sem sombra de dúvidas, muitas oportunidades de recuperação”. Sobre os erros cometidos pelo time condenou a saída e as dificuldades na virada de bola, mas preferiu não entrar em detalhes. “Se falar dos aspectos, poucos vão entender”, encerrou.
TIAGO BRENDLE
O líbero do Montes Claros, Tiago Brendle, não quis pontuar um único motivo para a segunda derrota em casa na Superliga. Na sua avaliação, “foi um conjunto de fatores”, incluindo o desgaste pela sequência de jogos difíceis nas últimas três rodadas. “O que a gente tem que fazer é trabalhar e minimizar os erros”, resumiu.ACÁCIO
Um dos mais experientes do grupo, o central Acácio anotou onze pontos no jogo dessa quinta-feira, sendo cinco de bloqueios, mas insuficientes para garantir a nona vitória em casa. “Um jogo muito complicado”, comentou. Fez ainda questão de relembrar a sequência de seis vitórias nos últimos sete jogos que o time gaúcho alcançou.
“Um rendimento como esse impressiona, assim como fizemos em outro momento da Superliga”, analisou o camisa 11 de 2,08 metros. “Serve de motivação para qualquer time e foi o que eles fizeram hoje (quinta)”, finalizou.
JAIRZINHO
Lorena (costas) e Jair (ao fundo): um dos duelos de ataque e recepção na quintaUm dos mais experientes do grupo, o central Acácio anotou onze pontos no jogo dessa quinta-feira, sendo cinco de bloqueios, mas insuficientes para garantir a nona vitória em casa. “Um jogo muito complicado”, comentou. Fez ainda questão de relembrar a sequência de seis vitórias nos últimos sete jogos que o time gaúcho alcançou.
“Um rendimento como esse impressiona, assim como fizemos em outro momento da Superliga”, analisou o camisa 11 de 2,08 metros. “Serve de motivação para qualquer time e foi o que eles fizeram hoje (quinta)”, finalizou.
JAIRZINHO
Líbero do Caxias, Jair Aminthas Neto, o Jairzinho, foi o único montes-clarense que deixou a quadra em festa. Um dos melhores do duelo, ele nasceu na cidade e foi prestigiado pelos pais e outros familiares nas arquibancadas, com direito a faixas. Pela vibração a cada ponto, chegou a ser hostilizado por alguns torcedores.
Ao comentar sobre a vitória do Fátima/UCS/Medquímica, que, por causa de uma parceria, carrega também o nome do São Paulo Futebol Clube, considerou o resultado “como uma façanha”, já que outros times apontados como favoritos ao título foram derrotados em Montes Claros.
“Acho extremamente importante que a cidade tenha reconhecido o vôlei como esporte; como lazer. A torcida é impressionante”, opinou sobre o primeiro jogo como profissional em sua cidade. No entanto, viu como maduro o comportamento do seu time para não se intimidar no ginásio que detém todos os dez recordes de público da Superliga.
"Não sentimos muito a pressão, porque o time está se acostumando a jogar fora; uma blindagem diria, mas também tínhamos objetivo de vencer”, complementou. Por último, confirmou que, mesmo sendo da cidade, em momento algum recebeu qualquer tipo de proposta ou mesmo sondagem para defender as cores do Montes Claros/Funadem. “Quem sabe numa próxima oportunidade”, finalizou.
AMEAÇAS
Não bastasse a terceira derrota seguida na Superliga, a direção do Funadem encontrou uma preocupação a mais para a sequência da competição. Um torcedor esperou a entrada dos jogadores do Caxias no vestiário para arremessar uma garrafa do líbero Jair. O homem tentou ainda cuspir nos visitantes. O temor é sobre o relato dos fatos no relatório da partida, o que poderia causar algum tipo de pena para o clube, desde uma advertência ou até mesmo a perda de um mando de quadra. (fotos: Clésio Robert)
Comentar