Diretor do Fomigão: "Vamos brigar pelo título"

O Funorte quer deixar de lado fama de novato e apostar na experiência de três temporadas como clube profissional para ser apontado como favorito ao título do Módulo II, que começa neste sábado, com o jogo em Três Corações. Os argumentos são do diretor Cristiano Dias Júnior, que responde pelas funções executiva/financeira do Formigão e, aos 34 anos, está entre os jovens dirigentes de Minas Gerais. Na conversa com desta semana, falou sobre o calendário, o caixa do clube e deixou claro que a expectativa é de título pela qualidade do técnico, veterano José Maria Pena, e pelo elenco que foi montado, grande parte escolhido a dedo pelo comandante. "O que interessa é disputar títulos", frisou.

Foram dois meses de trabalho intenso. O Funorte chega ao Módulo II como favorito à briga pelo acesso à Elite de 2011?
CRISTIANO DIAS JÚNIOR
– "Acho que o tempo é até maior. Realmente, em campo, nos preparamos nesses últimos dois meses. A diretoria e toda a comissão técnica, por exemplo, está trabalhando há mais tempo, pois, quando termina um campeonato, no caso a Taça Minas Gerais, já começamos a trabalhar para o outro, Mesmo assim, algumas coisas ainda não prosseguem como desejamos. Contudo, chegamos nos bastidores e no campo como favoritos, mas o respeito é imprescindível. Toda arrogância se torna ignorância, porque do outro lado tem o adversário com o mesmo objetivo".

E qual será o planejamento?
CDJ
– "O maior exemplo que posso citar aconteceu no campeonato do ano passado, quando o time perdeu pontos como mandante. Precisamos vencer todos os jogos em casa, sem dar chance ao adversário e, depois, beliscar empates e até mesmo vitórias fora. Isso sim nos dará respaldo, mas o trabalho extra-campo vai continuar para se evitar qualquer contratempo nas quatro linhas".

Assim como no ano passado, no qual o time disputou a Taça Minas Gerais, o Funorte terá um calendário cheio em 2010?
CDJ
– "Claro que sim! Na Taça MG conseguimos revelar jogadores, colocando-os na vitrine do futebol mineiro e, porque não, no futebol brasileiro. Mesmo assim, a base deste ano foi mantida, já avaliando os possíveis adversários. A gente sabe da obrigação de dar uma resposta positiva à nossa torcida que tanto nos apóia e quer ver um time competitivo. Mas estamos ficando velhos (risos) e não tem como mais ficar falando que este é o primeiro ou segundo ano do time; agora é vencer e disputar títulos. Isso é o que interessa".

Havia uma conversa com o BMG, que seria o primeiro patrocinador externo do clube. Como estão as negociações?
CDJ
– "Ainda estão em andamento, mas praticamente fechadas com o BMG. Faltam pouquíssimos detalhes para anunciar esta grande parceria a qualquer momento; e uma grande cota. O Banco mudou algumas regras de conduta para este ano na fase final de nossa negociação, o que retardou a assinatura do contrato. Provavelmente ainda neste mês já estaremos acertados".

A receita é a mesma do ano passado?
CDJ
– "Não. Houve um reajuste considerável, em torno de 15% e, por isso, mais do que nunca precisamos acertar com esse importante patrocinador master".

O que o técnico José Maria Pena pediu foi contratado?
CDJ
– "Até o momento demos à comissão técnica e jogadores todas as condições de trabalho. Isto o próprio Zé Maria e o grupo podem atestar. Converso com o treinador pessoalmente e até mesmo ao final do dia ainda há alguma coisa para analisar, mesmo que seja por telefone; acertando um detalhe aqui, outro ali acerca do trabalho. Mas, ao mesmo tempo, sabemos que o futebol é dinâmico e imprevisível. Portanto, pensamos sim em reforçar o grupo mais. Há, ainda, algumas posições carentes, mas o mercado ainda não está tão favorável por causa de nossas limitações, mas faremos o que for preciso". (fotos: Xu Medeiros)

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