Montes Claros/Funadem no primeiro chamamento da CBV

Montes Claros/Funadem vai à primeira reunião sobre a Superliga Nacional de Vôlei, que terá dezessete clubes; treinos voltam nesta segunda-feira

O Montes Claros/Funadem esteve presente na primeira reunião oficial da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), realizada nessa quinta-feira, em São Paulo/SP, para definir detalhes da próxima edição da Superliga Nacional Masculina, que começa no dia 28 de novembro. Representado pelo supervisor William do Prado, o clube ficou sabendo que terá dezesseis adversários na competição e que o sistema de disputa poderá ser modificado em relação ao ano passado, no qual havia quatro circuitos na fase classificatória para os play-offs.

"Nesse primeiro momento, a CBV quer apenas integrar os supervisores e diretores dos clubes participantes, mas ventilou sim a possibilidade de mudar o regulamento em relação à última Superliga", explicou William, em conversa com a Veneta. Segundo ele, o evento em um hotel da capital paulista serviu, ainda, para a apresentação das marcas da competição e dos próprios clubes. Depois de São Paulo (7), Minas Gerais é o estado com o maior número de competidores: Sada/Cruzeiro, Vivo/Minas e Montes Claros.

O supervisor disse, ainda, que além do próprio Funadem, a disputa tem mais quatro novatos: Voltaço (RJ), Uptime/Cuiabá (MT), Upis/Brasília (DF) e Blumenau (SC), sendo os dois últimos campeão e vice-campeão da Liga Nacional, competição classificatória para a Superliga.

MARATONA


Enquanto não conhece a tabela de jogos da Superliga, a comissão técnica do Montes Claros/Funadem realiza amanhã, os primeiros treinos depois da conquista do Campeonato Mineiro no último dia dois, com uma virada espetacular sobre o Minas por três a dois - depois de estar perdendo por dois a zero. Na agenda, academia, revisão médica e trabalho leve com bola. Fabrício Lorena (dores lombares), Rodriguinho (estiramento muscular) e Leozão (fratura em um dedo da mão esquerda) são os jogadores que já estão entregues ao Departamento Médico.

Com estiramento, capitão Rodriguinho abriu mão da folga

Ele não é o mais velho do grupo, mas tornou-se o capitão pela experiência adquirida em clubes brasileiros e italianos, além do espírito de liderança. Aos 29 anos, Rodrigo de Gennaro, o levantador Rodriguinho, foi o primeiro e receber a taça do Campeonato Mineiro para o Montes Claros/Funadem das mãos do presidente da Federação Mineira de Voleibol (FMV), Carlos Rios, na Arena JK (BH), mas reconheceu que a missão de bater o todo-poderoso Vivo/Minas foi complicada não apenas pelas circunstâncias do placar de virada (três sets a dois), mas por causa do problema pessoal.

Ele confessou à Veneta que entrou em quadra no sacrifício, por causa de estiramento em um músculo na parte posterior do joelho.

A contusão aconteceu ainda na disputa do segundo circuito do Campeonato Mineiro, há três semanas, mas com um tratamento intensivo conseguiu chegar inteiro à semifinal e final. "Pode até ser uma contusão leve, até porque consegui jogar todo o tempo, mas doía demais. Tinha hora que achava que não iria dar conta", depôs.

PRIORIDADE

Rodriguinho foi uma das primeiras contratações anunciadas pelo Funadem/Montes Claros para o inédito projeto de vôlei profissional no Norte de Minas. Sua posição é considerada uma das mais carentes do vôlei atual e, por isso, os levantadores são considerados "artigos de luxo". Assim, o diretor Victor Oliveira apelou para o lado pessoal para convencê-lo a trocar a Itália, onde foi eleito o melhor levantador da temporada 2008/2009, e, ainda, recusar duas propostas de outros clubes do Brasil para acertar com o caçula do vôlei brasileiro. "A amizade falou mais alto. Foi o que o Victor me disse: ô Ró, a gente vai montar um time de ponta. Vem para cá", lembrou.

"Estou feliz aqui em Montes Claros. Há muito tempo não vejo um clube assim, onde há união tanto dentro como fora de quadra. Posso dizer sem medo de errar que o ambiente é como o de uma família", relatou o capitão, ao enfatizar que ao final de praticamente todos os treinos há a tradicional resenha. "A gente para com a bola, mas continua conversando ali, na beira da quadra, por dez, quinze minutos... Isso não é muito comum. Acho que vivenciei isso apenas quando era juvenil e olhe lá", completou Rodriguinho, que festa a festa do título com a sobrinha no colo.

SEM FOLGA

Por causa da contusão, Rodriguinho abriu mão da folga de uma semana dada pela diretoria. Ao invés viajar com a esposa e visitar os pais em Sumaré, cidade do interior de São Paulo com 250 mil habitantes na microrregião de Campinas, preferiu voltar a Montes Claros com parte da delegação e iniciar imediatamente o tratamento, à base de massagens e fisioterapia. Ele até acredita que possa se recuperar apenas por causa da suspensão dos treinos, mas acha melhor aliar a folga ao tratamento para estar inteiro na reapresentação de amanhã.

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