O xará da bola de Herivelto Martins
Nascido e criado no estado do Rio de Janeiro e com nome de cantor e compositor famoso – por sinal, ídolo de sua mãe e amigo da família –, o ex-meia Erivelto Martins já está em Montes Claros para comandar o time júnior do Funorte no Campeonato Mineiro da categoria e a na Copa São Paulo de 2010. Jogador revelado pelas categorias de base do Fluminense, onde atuou por sete anos, chegou a Minas depois de uma troca com o Cruzeiro, envolvendo o ídolo Dirceu Lopes, passando ainda por Vila de Goiás e o Villa Nova (Leão do Bonfim). Hoje, aos 54 anos, garante que chega ao Norte de Minas bastante motivado, "principalmente pela proposta de trabalho do clube".A mudança de planos tem a ver não apenas com o campo de ação que o Funorte tem (Mineiro e Copa SP), mesmo sendo um clube com apenas dois anos de existência, mas pelo que foi feito até agora, com a conquista do terceiro lugar do Mineiro Júnior em 2008, logo em sua primeira temporada na competição. "O Funorte até serve de exemplo para outros clubes: em pouco tempo conseguiu o que muitos tentaram e não conseguiram", afirmou Erivelto.
O novo treinador disse que ficou muito satisfeito com o potencial do grupo júnior, logo no primeiro coletivo. Foi enfático ao comentar sobre a necessidade de montagem de um novo grupo, já que do time do mineiro do ano passado, mais da metade dos atletas 'estourou' o limite de idade da categoria (20 anos).
De Goiás, Erivelto veio para o Villa Nova, de Nova Lima, onde jogou por dois anos e depois parou nos doze meses seguintes. Nada de contusão ou suspensão: estava cursando Administração de Empresas na UFMG, mas que não chegou a concluir. Voltou aos gramados para defender o Leão do Bonfim por mais quatro anos e, em 1987, encerrou a carreira, assumindo o cargo de auxiliar técnico no mesmo clube. Logo mais tarde, viria a ser o técnico principal. No entanto, foi com o trabalho de base que mais se destacou. Primeiro no América, em 1991/1992 e depois no Atlético, até 1997, onde revelou Ernani, Cairo e Reinaldo "Beiço".
Nos dois anos seguintes, voltou ao comando do Coelho e, em 2000, foi contratado pelo Cruzeiro, mas para trabalhar longe da Toca. Por causa do convênio entre os clubes, foi um dos primeiros técnicos do emergente Ipatinga, onde teve o meia Marcinho, ex-Atlético e Flamengo, como comandante. Nos últimos anos, estava trabalhando no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte, sempre ligado à base. (Foto: Wilson Medeiros)
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