Montes Claros procura substituto para Manu

ALEGANDO QUESTÕES pessoais, técnico entrega o cargo e até sugere um novo nome para o comando do time de vôlei; por enquanto auxiliar Leandro Dutra é o interino

O BMG/Montes Claros está à procura de um novo técnico. Na noite de quarta-feira, a diretoria do clube comunicou oficialmente a saída de Manu Arnaut, que estava no comando do time desde 21 de junho.

DIANTE DO rival da Arena JK, na partida que fechou a campanha do time na 1ª fase do Campeonato Mineiro (derrota por 3 a 1), o auxiliar Leandro Dutra esteve na área técnica. Nos bastidores,
o diretor Victor Oliveira, que agradeceu Manu pelo trabalho, mas se confessa surpreso com a decisão, trabalha com vários nomes para substituir Manu, inclusive um indicado por ele mesmo: Toninho Rezende, que já trabalhou no Minas Tênis Clube e nas bases da Seleção Brasileira (foi comandante de alguns dos atletas do próprio Montes Claros).

PERCY OLKEN, do selecionado infanto-juvenil brasileiro, e Chico dos Santos, além de um argentino, também receberiam propostas de trabalho da Funadem – fundação que gere o projeto de vôlei.


POR 17 JOGOS

NO COMANDO do BMG/Montes Claros por quase cinco meses, Manu fez 17 jogos, entre compromissos oficiais e amistosos, com nove vitórias e oito derrotas. Foi vice-campeão da Copa Volta Redonda e atualmente ocupa a segunda colocação no Campeonato Mineiro. A sua saída, como disse ao VENETA na tarde da última quinta-feira, “vai além dos resultados”. O ex-treinador do Montes Claros deixa claro que questões pessoais dentro do grupo de atletas e da comissão técnica pesaram em sua decisão.

“TENHO MEUS erros, claro! Arrisquei demais em algumas coisas como antecipar amistosos ainda sem contar com um oposto inteiro, por exemplo, mas há situações que vão além do seu limite. Foi o que aconteceu aqui. Respeito, disciplina e compromisso são obrigações. Não é favor, ainda mais onde só há adultos”, pontuou o treinador.

ELE NÃO escondeu que um de
sentendimento envolvendo o levantador Rafinha “foi um dos motivos para a sua decisão”. O treinador confessou que a ideia de entregar o cargo veio ainda na noite de segunda-feira, mas somente na terça-feira foi procurar os diretores para comunicá-los.

NO PRIMEIRO momento, a diretoria tentou fazê-lo mudar de idéia, mas Manu estava irredutível, até porque apresentou “motivos pessoais” na decisão. A rescisão de contrato foi enviada à sua empresária Andressa Caetano, em São Paulo/SP, que antecipou à VENETA a sua saída naquele dia, mas pediu que a informação partisse do próprio treinador. Já na quarta-feira não comandou mais o time no treino da tarde, no Poliesportivo. Leandro foi quem conduziu os trabalhos.

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