Sobre o Franscimar...

Euller, Marcos, Rogério Ceni, Júnior e Ditinho... Por que não?
O baixinho atacante, ídolo máximo do Funorte, deve ser sim relacionado entre os quase quarentões de sucesso do futebol brasileiro. A gente guarda as devidas proporções, claro, mas que o Franscimar Rosa dos Santos, paulista do ABC, no auge de seus 37 anos completados no sábado, merece destaque, tenho certeza de que ninguém dúvida.
Artilheiro e campeão duas vezes pelo time das três letras em Patos de Minas, foi ignorado pelos times da Capital. Não sei o porquê, mas isso virou rotina quando alguém se destaca no interior.
O post sobre o baixinho surge não apenas pelos dois gols no domingo, no arraso provocado ao Ipatinga, que caiu de quatro e poderia ter levado mais para abaixar o topete.
O Funorte já teve seis ataques diferentes no Módulo II e, de todos que entraram, ninguém correu mais do que ele; nem menino, nem veterano. Aliás, nesse campeonato, pelo menos nos jogos aqui, nem dos adversários vi alguém ‘voar’ igual ao Ditinho.
E não é só o fôlego. É a técnica, a disposição tática e a raça, com carrinhos, antecipações, pivôs, descidas à defesa... Não o vi ainda com as luvas debaixo gol, mas nos recreativos é bem capaz disso.
Na República do JK, o simpático bairro lá pelas bandas do antigo Caava (quem é agriculino sabe o que é a sigla), Ditinho está em MOC de mala e cuia, depois de alguns sucessos e decepções na carreira, como o veto da URT na sua transferência para o Fluminense ou da grana que ficou sem receber no Vale do Aço. Trouxe mulher, filhos e sonhos. Isso mesmo. Com 37 anos, que para muitos é sinal de fim de carreira no futebol, é para ele o início. Promete completar os estudos no supletivo e, ano que vem, fazer uma facul na própria empresa que dá nome ao time.
Eis, sim, um golaço...

Um comentário

Anônimo disse...

Esse é hoje o grande nome do futebol no interior mineiro. Com todo respeito à Funorte, que tem tudo para ser grande, mas o que esse homem jogou pela URT entre os anos de 1998 e 2006 foi fantástico, e todo o time era fantástico. Ditinho não tomava conhecimento de Cruzeiro, Atlético, América, Fluminense, Santos, Londrina e o Mamoré, esse ultimo nem se fala né... Hehehe... Bons tempos. Quantos foram os jogos em que vi a dupla Pael (grande craque do interior de MG até sua aposentadoria) e Ditinho deixarem a torcida da URT boquiaberta com suas jogadas e gols. Vocês têm sorte por esse grande jogador estar ai, ele nunca irá deixar o time de vocês na mão. Nosso Diamante Negro está em outro time, mas estará sempre na memória da torcida do Trovão Azul.