Entrevista: Giovane Gávio na sua volta a Montes Claros

Técnico do Sesi/SP, primeiro adversário do Montes Claros/Funadem na Superliga, o técnico Giovane Gávio não ficou impressionado com o equilíbrio entre os times. Mesmo em um time de estrelas, foi o mais assediado pela torcida. Diante dos estudos sobre o time montes-clarense, já esperava por uma pedreira. Acha que o jogo foi decidido por detalhes. Confira: Na foto (De Veneta), o técnico e Anderson, seu principal jogador.

Qual a sua impressão sobre a cidade de Montes Claros?

"Acho muito importante esta praça do vôlei que está surgindo aqui. Morei aqui por quatro meses e muita coisa mudou. Gostaria de parabenizar a organização; tudo impecável. Fomos muito bem recebidos. E o que é bom tem que se reconhecer".

E o jogo?

"O nível técnico mostrou claramente que jogo de hoje (quinta-feira) foi digno de campeões como é o Sesi para São Paulo e o Montes Claros para Minas Gerais. Dois times extremamente técnicos e que exploram bem todos os fundamentos".

A torcida...

"Olha, quem jogar aqui vai ter trabalho. Como tivemos. Mesmo estando ali na beira da quadra, tem hora que a instrução não chegava lá dentro, por causa do barulho, da pressão; em alguns momentos, o time teve que se virar (risos)".

Com vídeos e estatísticas, você estudou o adversário antes do jogo. Ao final dele, falou que detalhes a favor do seu time decidiram o placar, principalmente com Murilo e Anderson. Mas quais foram os detalhes do Montes Claros que você viu, mas ainda não conhecia?

"Tive muito trabalho para conhecer o Funadem. Assisti a cinco vídeos de jogos do Mineiro, principalmente e, hoje (ontem) percebi o amadurecimento técnico de lá para cá. É uma equipe que sabe fazer o rodízio; variar as jogadas e, principalmente, arriscar bem o saque".

Alguém em especial?

"O Lorena é um jogador muito eficiente e difícil de marcar como acontece com todos os canhotos. A Europa fez muito bem a ele. Está mais maduro dentro de quadra, chama a responsabilidade para si e dá conta do recado; em todos os fundamentos".

E o Ezinho?

"É um fenômeno. É um jogador único, porque ele compensa a baixa estatura com a impulsão. São poucos que sabem atuar na mesma bola como ele: recebe e aparece lá na frente para bater; e com precisão".

Você disse que morou em Montes Claros, quando e como?

“Foi por apenas quatro meses. Vim acompanhar o meu pai [Tenente Gávio], que à época servia no Batalhão do Exército. Ele sim, ficou aqui por quatro anos, entre 87 e 90".

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