Estreia com particularidades para Thiago Salsa

DESDE O retorno de Portugal, central atuou somente por equipes de Montes Claros ou de Canoas; para ele "experiência pode ajudar time na abertura da Superliga"

Salsa vai para a sexta temporada defendendo uma equipe de Montes Claros - Foto: Chris Jilvan
A RELAÇÃO entre Montes Claros Vôlei e Lebes/Gedore/Canoas vai além do confronto que os clubes fazem neste sábado, às 18 horas, na arrancada de ambos na Superliga Nacional 2016/2017. Pelo menos para um dos jogadores da equipe montes-clarense. Desde que voltou da Europa para o Brasil em 2009, onde atuou pelo Vitória de Guimarães e foi campeão da Taça de Portugal, Thiago Salsa só vestiu a camisa de times destas duas cidades.

AOS 34 anos, o central de 2,04 metros detém títulos tanto pelo lado norte-mineiro, quando conquistou o título estadual de 2009, o Desafio Globo/Minas e o surpreendente vice-campeonato da Superliga 2009/2010 com o Montes Claros/Funadem, como na época em que defendeu o time do Rio Grande do Sul, com duas conquistas do Campeonato Gaúcho.

AGORA COM o Montes Claros Vôlei, com o qual renovou o contrato para a terceira temporada consecutiva, a vontade é também de ampliar sua história, principalmente com uma estreia convincente diante do Canoas. Salsa faz coro ao pensamento da diretoria e da comissão técnica, com pretensões de superar a campanha da Superliga anterior, quando o MCV foi o quinto colocado geral, além de ter realizado uma campanha com vitória diante de todos os outros 11 participantes. Querem pelo menos chegar à semifinal.

"Algumas coisas [do Mineiro] têm de servir de lição, mas melhorar o que fizemos de bom" (Alex Sezko)

“VAMOS BRIGAR pelos três pontos contra qualquer equipe, especialmente numa estreia em casa na Superliga”, avisa o camisa 17, que será um titulares do técnico Marcelinho Ramos para o meio de rede diante do Canoas – ao lado de Robinho. 

RITMO

SALSA SABE que o adversário vem a Montes Claros com um ritmo maior de jogos em relação ao MCV, até porque os norte-mineiros não disputam uma partida desde a semifinal do Mineiro, em 4 de outubro. Pentacampeão gaúcho, entre o campeonato estadual, duas copas e amistosos, o Canoas atuou 16 vezes. Já Salsa e os seus companheiros jogaram apenas nove nesta temporada, entre amistosos e o Campeonato Mineiro.

“TODA ESTREIA é complicada porque a ansiedade interfere de alguma forma. Hoje, o Canoas tem um time mais novo em relação à Superliga passada e menos experiente que o nosso, na minha opinião. Com este histórico maior de jogos sobre o nosso time, com certeza, eles chegam com o ritmo [de jogo] um pouco maior. Mas há compensações, claro; neste período sem jogar, a gente teve um volume substancial de treinos, revendo o que faltou na campanha do Mineiro e com um trabalho bem intenso com simulações de situação de jogo. Além disso, temos umas peças mais experientes que as deles, com grande potencial para decidir uma partida. Estou confiante em todos os sentidos”, analisou.

PERGUNTADO PELA VENETA se faltou algo mais ao Montes Claros para ir mais além do que a medalha de bronze no Campeonato Mineiro, o jogador entende que não há frustração pelo fato de o time não ter ido até a final. “A gente não tem que remoer isto. Tivemos mais uma vez a oportunidade de chegar à final de um campeonato que marcava o início de uma temporada para todo mundo. Algumas coisas têm que servir de lição, mas para pensar para frente e melhorar o que de bom fizemos”, finaliza.

MUNDIAL

COMO ATLETA do Montes Claros Vôlei, Salsa foi um dos convocados para a Seleção Brasileira Militar, que no ano passado se sagrou campeã dos Jogos Mundiais Militares na Coréia do Sul. Na final, venceram o Egito por 3 a 1. No Exército Brasileiro o central é o 3º Sargento Zambelli.

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