Estreante na Liga Nacional, Montes Claros assume ano de aprendizagem e se espelha nas reações

TIME JÁ enfrentou as equipes catarinenses e nos dois jogos conseguiu realizar pelo menos um tempo razoável, com placares equilibrados


Lance do segundo jogo do Montes Claros contra o Concórdia/SC, no Ana Lopes (fotos: Christiano Jilvan)
O ADVERSÁRIO era o Concórdia/SC, nada menos que finalista das últimas quatro temporadas na maior competição nacional da modalidade. A boa impressão deixada pelo jovem time do Montes Claros Handebol foi a reação no segundo tempo, com uma diferença de apenas três gols a favor das catarinenses, mas no placar geral pesou a experiência e o maior volume de jogo das visitantes. Assim, o MC Handebol foi derrotado por 32 a 15 (1º tempo 5x19 e 2º tempo 10x13) em sua segunda partida pela Liga Nacional de Handebol Feminino, sábado à tarde, no Ginásio Ana Lopes, do Parque Municipal de Montes Claros.

DOIS DIAS antes, as meninas montes-clarenses fizeram a estreia da Liga Nacional também em casa, contra o Blumenau/SC. Prevaleceu também a maior experiência das visitantes, que venceram de virada por 35 a 18. Destaque para a boa presença de público nos dois dias.

NA AVALIAÇÃO das atletas e da comissão técnica, os resultados foram até certo ponto naturais, diante da bagagem que os times catarinenses têm. “São equipes que já têm um legado em nível nacional, enquanto estamos nos primeiros passos. Em resumo, levando-se em conta, ainda, o fato de o nosso grupo ser muito jovem, posso dizer que ainda precisamos mostrar maior volume de jogo. A primeira temporada na Liga Nacional será um verdadeiro aprendizado”, resumiu a técnica Francis Almeida.


MCH desperdiçou um tiro de sete metros
DE FATO, a mudança do formato da Liga Nacional elevou o nível de dificuldade para o Montes Claros Handebol. Até o ano passado, a competição tinha apenas uma chave, com os times se enfrentando em dois turnos. A partir de 2016, a CBHb fez a divisão dos clubes em chaves regionalizadas. Como único time mineiro, o MCH foi parar no grupo do Sudeste/Sul/Centro, justamente onde estão os principais redutos da modalidade. Além de Blumenau e Concórdia, enfrentará o São Bernardo/Metodista e o Pinheiros, ambos de São Paulo.

“SERIA MAIS interessante jogar contra os demais times, especialmente os do Nordeste pela proximidade geográfica. De qualquer maneira, vamos tirar proveito da situação como aprendizado”, completa a treinadora.


Técnica Francis Almeida confirma três reforços
“ACHO QUE a gente deveria ter segurado mais a bola e forçado o erro das adversárias. É preciso entender que estamos no começo de um trabalho. O nível das competições mineiras é bem diferente em relação à Liga”, completa a armadora Elisângela Cruz, uma das artilheiras no sábado pela equipe do Montes Claros.

REFORÇOS

PARA COMPENSAR um pouco a juventude do grupo, o time deve confirmar ainda nesta semana a chegada de mais três atletas mais experientes – uma goleira e duas meias. Contra o Concórdia, a treinadora utilizou as três goleiras.


Alexandre Schneider, técnico do Concórdia
AO FINAL do jogo, o técnico do Concórdia, Alexandre Schneider, preferiu fazer um discurso de incentivo ao Montes Claros e fez uma associação ao histórico do seu time. “Estamos há 10 anos na Liga Nacional e alcançamos a final nas quatro últimas temporadas. Mesmo com um projeto consolidado, todo início de trabalho exige bastante e a cada ano estamos nos reinventando”, disse, ao revelar que o seu time perdeu quatro atletas titulares e que, do grupo atual, apenas a sua filha é natural de Santa Catarina. A delegação veio a Montes Claros de ônibus, numa viagem de mais de 1810 quilômetros em 30 horas entre Concórdia e o Norte de Minas.

ATÉ 2014, Schneider fazia parte das comissões técnicas da CBHb, inclusive esteve na equipe dos Jogos Olímpicos de Atenas e comandou o time brasileiro nos Jogos Mundiais da Juventude, em 2014 (China).

OS PRÓXIMOS jogos serão em São Paulo, dias 6 e 8 de outubro contra Pinheiros e São Bernardo.

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